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A Entrevista – Pimpinha Jardim

Diana Casanova
12 min leitura

Pimpinha Jardim. 33 anos de vida, os mesmos em que figura nas páginas da imprensa nacional, quer pelo seu contexto familiar quer, mais tarde, pela sua profissão. Desde o Flash, passando, entre outros, por Secret Story – Casa dos Segredos, até chegar ao Câmara Exclusiva e Você na TV!, Pimpinha já foi repórter, comentadora e apresentadora. A multiplicidade de papéis e de horários em que já trabalhou contribuiu para a sua evolução e aprendizagem, mas «o conhecimento e a aprendizagem não ocupam espaço e eu gosto de estar em constante evolução».

É um dos novos rostos da estação de Queluz de Baixo e o A Televisão esteve à conversa com Pimpinha Jardim. Leia, em seguida, A Entrevista.


Com apenas 33 anos, a verdade é que sempre tiveste uma exposição mediática grande. Como é que uma jovem cresce neste contexto e surge o interesse pela televisão?

A minha família já é conhecida há muitos anos. O meu avô Jorge Jardim era um homem muito influente em Moçambique e com excelentes relações internacionais. Depois do 25 de abril, com a revolução, a minha mãe teve de vir para Lisboa e casou-se com o meu pai que era um empresário conhecido do Norte. Nessa altura eram essas as pessoas que apareciam nas páginas da imprensa.

Quando a minha mãe se separou do meu pai, juntou-se com o Pedro Santana Lopes, que era Secretário de Estado da Cultura, depois foi Presidente do Sporting e Presidente da CM da Figueira da Foz. Nessa altura já estávamos há muitos anos nas páginas da imprensa.

Em 2002 a minha Mãe foi convidada para o Big Brother Famosos, no qual participou e só mais tarde em 2004 é que participou na Quinta das Celebridades. Tenho alguma pena que as pessoas não vejam o percurso todo da nossa exposição, que tem toda uma história interessante para contar e só considerem a partir de 2004 aquando da participação da minha Mãe na Quinta das Celebridades.

Com 18 anos fui convidada para integrar a equipa do programa da SIC, o Flash, que depois mudou de nome para Êxtase, que era um programa do género do Câmara Exclusiva. Passado cerca de dois anos decidi fazer uma pausa para voltar aos meus estudos e concluir a minha licenciatura, na altura, em Comunicação Social na Universidade Católica. A verdade é que foi uma experiência que apesar de durante muitos anos ter trabalhado noutra área sempre me fez querer voltar.

Alguma vez sentiste preconceito por teres essa exposição? Por exemplo, as pessoas desvalorizarem o teu trabalho pelo teu mediatismo familiar…

Já senti preconceito, mas não em relação ao meu trabalho! Se alguém pensou nisso tenho a certeza que depois de acompanhar o meu percurso e o meu trabalho mudou de ideias.

Chegaste também a apostar na tua formação. Podes falar-nos um pouco disso.

Na altura em que os cursos eram ainda de 4 anos frequentei os primeiros 2 anos da Universidade Católica, mas depois mudei de curso para Comunicação Empresarial que acabou por ser o curso que conclui. Fiz uns módulos no CENJOR e no ano passado tirei um Curso de repórter e apresentação com a Teresa Guilherme e com o Nuno Eiró. O conhecimento e a aprendizagem não ocupam espaço e eu gosto de estar em constante evolução.

Passaste de repórter ao comentário social e de reality shows. Qual é, de facto, o papel em que te sentes mais confortável – a reportar ou a opinar?

A de repórter, sem dúvida. Opinar sobre seja o que for é sempre preciso um cuidado redobrado, porque a maioria das vezes estamos a falar de outras pessoas, e eu já estive do outro lado, por isso sei bem como é.

Um dos projetos que te trouxe também bastante notoriedade foi o comentário de Secret Story. O que te levou a aceitar o convite?

Para mim, trabalho é trabalho. Eu queria voltar a trabalhar na televisão e foi o trabalho que me ofereceram, por isso não vi nenhuma razão na altura, e continuo a não ver nenhuma para não o fazer. Neste momento, a equipa dos realitys é uma equipa de excelentes profissionais!

Na rua, como é que as pessoas reagiram aos teus comentários? Sabemos que os reality shows despertam emoções muito diversas… Tiveste alguma situação mais desconfortável?

Sempre tentei ter uma postura correta. Como já referi já estive também do lado das famílias quando a minha mãe participou no BB Famosos e na Quinta das Celebridades. Pessoalmente nunca tive nenhuma situação desconfortável, até pelo contrário, sempre fui muito elogiada pela minha postura enquanto comentadora, nomeadamente pelos concorrentes e familiares dos mesmos.

És fã deste tipo de formato? Costumas acompanhar algum?

Acho que é um excelente formato. Gosto de analisar o comportamento das pessoas, especialmente da Casa dos Segredos, porque existe uma dinâmica para se descobrir o segredo dos outros, missões e afins. Há uns de que gosto mais, outros menos, mas faço todos com o mesmo brio e dedicação.

Está prestes a estrear um novo reality show na TVI. Será que te vamos voltar a ver nesse tipo de formato? Como repórter ou como comentadora?

Não sei. Neste momento ainda estou de férias, quando voltar já vou saber.

E alguma vez pensaste em saltar para o outro lado – dentro da Casa? Por exemplo, este novo reality show da TVI é com famosos…

Acho difícil neste momento porque tenho uma vida familiar intensa. Tenho 2 filhos pequenos que precisam muito de mim e tenho um trabalho diário na TVI. Estou em 3 programas diferentes, por isso dificilmente o faria, mas não digo nunca.

Olhando para os teus trabalhos na TV até hoje, como vês a tua evolução?

Bastante positiva! Ninguém nasce ensinado e apesar de ter formação na área, a televisão é uma aprendizagem diária. Desde o princípio que já evolui muito, mas ainda tenho muito para aprender.

Já passaste por quase todos os horários. Como um repórter se adapta a essa diversidade de registo? Desde as manhãs às madrugadas.

É uma qualidade a adaptação mas, acima de tudo, gosto muito daquilo que faço e seja qual for o desafio que me dão tento dar sempre o meu melhor.

Qual é o registo/horário que mais gostas? E qual é que achas que contribuiu mais para o teu processo de aprendizagem?

Todos contribuíram de uma certa maneira. O Você na TV! é um programa de massas. Trabalhar com a Cristina Ferreira e com o Manuel Luis Goucha é um luxo, [pois] são dois dos maiores exemplos do entretenimento da televisão portuguesa.

Nos realitys tenho uma equipa exemplar que todos os dias me motiva e puxa por mim. Posso mesmo dizer que o papel como comentadora foi dos maiores desafios que me deram.

O Câmara Exclusiva foi onde me estreei como apresentadora e tem sido uma agradável surpresa com a Mónica Jardim a Marta Andrino e toda a equipa que trabalha para que o programa seja o sucesso que é.

Se tivesses de eleger o formato dos teus sonhos para apresentar, qual seria?

Eu vivo um dia de cada vez. Neste momento estou focada em fazer mais e melhor nos formatos onde estou inserida. Todos os dias faço coisas novas e diferentes. Neste momento tenho uma diversidade de programas em mãos que me deixa bastante realizada. Sendo que todos os desafios são bem-vindos!

Como está a correr o Câmara Exclusiva?

Está a correr muito bem. Tem sido mais um desafio que a TVI me propôs e estou a gostar muito. Há trabalhos que fazemos que as pessoas não vêm, por exemplo, para fazer um minuto de televisão às vezes leva-se muito tempo. Mas tem sido uma experiência muito gratificante visto que, pelo segundo ano consecutivo, ganhamos como o programa social do ano. É mais uma prova de que o trabalho compensa e espero que assim continue. Tenho a sorte de trabalhar com uma excelente equipa, desde aos operadores de câmara, repórteres à equipa de produção e edição. Para se fazer televisão tem de se trabalhar em equipa, é impossível fazer-se televisão sozinho!

E partilhar o ecrã com a Mónica Jardim e a Marta Andrino? Como tem sido a experiência?

A Mónica e a Marta têm sido espetaculares comigo. Ambas têm muitos anos de televisão e têm-me ajudado muito a progredir. Inicialmente deram-me dicas e conselhos que foram fundamentais!

Como falas com muita gente nas reportagens, gravadas ou em direto, muitas deverão ser as situações com que já te deparaste. Conta-nos qual foi…

  1. A situação mais divertida e que não conseguiste parar de rir?

Tenho várias, mas em direto, graças a Deus, só me aconteceu uma vez.

  1. A situação mais desconfortável?

Quando entrevistamos pessoas na rua para vox pop e as pessoas são mal-educadas ou indelicadas.

  1. Uma situação em que te apeteceu «calar» o entrevistado?

Não posso contar!

Agora para a rentrée, tens algum projeto que nos possas já revelar?

Neste momento estou focada nos programas que estou a trabalhar, que já me dão muito trabalho. Há pessoas que podem pensar que são apenas aqueles minutos que aparecem na televisão, mas existe toda uma preparação e uma pré-edição que leva muito tempo. Às vezes, dois minutos de reportagem chegam a levar um dia inteiro a fazer. Por isso, neste momento, sinto-me bastante confortável e contente com os projetos que me deram, se vierem mais, melhor!


Redatora e cronista