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A Entrevista – Gonçalo Morais

A Televisão
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Destaque A Entrevista - Gonçalo Morais

Gonçalo Morais deu o salto da SIC Radical para a RTP1, onde integra agora o grupo de alunos da Chefs’ Academy. É licenciado em Cardiopneumologia, anda na banda filarmónica, faz teatro, é produtor de espetáculos, duplo e já foi apresentador de TV. Diz ser um «rapaz ambicioso» e que «não vira as costas a um desafio, a uma aventura, a uma oportunidade».

Adora aprender, adora comer, adora inventar. E também gosta de ficar entretido (e sozinho) na cozinha a espalhar o «caos». No entanto, graças ao concurso de culinária do canal um, este cenário tem vindo a mudar. «Quem não gostaria de saber cozinhar bem? Todos temos de comer certo? Tenho-me sentido um sortudo pela oportunidade e tenho aproveitado ao máximo», disse Gonçalo Morais ao aTV.

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– No casting da Chefs’ Academy (transmitido no primeiro episódio), o Chef Cordeiro não deu margem para grandes apresentações, mas eu dou-lhe agora a oportunidade. Quem é o Gonçalo Morais e qual foi o seu percurso até onde se encontra neste momento?

– O Gonçalo Morais é um rapaz ambicioso e que não vira as costas a um desafio, a uma aventura, a uma oportunidade. Licenciou-se em Cardiopneumologia, deu aulas de música, foi DJ, Barman, Funcionário Público, apresentador de televisão, ator, duplo de cinema e televisão. Atualmente, além de ator, é também produtor de espetáculos e crítico de videojogos para o site Multimédia com Todos.

– Qual o objetivo da sua participação na Chefs’ Academy?

– O meu objetivo é simples: aprender o mais possível e perceber se existe um caminho para mim nesta área ou não. Se há coisa que a vida me vai ensinando é que às vezes podemos ser felizes com coisas que não estávamos necessariamente à espera.

– E como é a sua relação com a cozinha?

– A cozinha é uma área que me fascina e da qual não percebo muito, nem tenho grande capacidade técnica natural. No entanto, adoro comer, adoro tentar inventar (geralmente corre mal) e gosto imenso de absorver conhecimento quando alguém com experiência me ensina algo. Geralmente, quando me deixam na cozinha entretido, o resultado é: o caos.

– Como não percebe muita da área, a adaptação não deve ter sido propriamente fácil…

– A adaptação tem sido mais ou menos complicada devido ao meu défice de conhecimentos técnicos de base… Mas tenho aprendido e melhorado bastante. No ponto em que me encontro começo a necessitar agora de mais conhecimentos na área dos sabores e empratamentos. Que alimentos devem/podem estar juntos? No prato, onde colocar aquela guarnição? Que forma dou ao molho? Abro o bife, ou deixo-o inteiro?

Chefs’ Academy é realmente uma escola ou apenas valoriza as filmagens para a televisão? Quando as luzes das câmaras se apagam, continua a existir um acompanhamento dos alunos?

– Um dos aspetos que mais estou a gostar na Chefs’ Academy é precisamente o facto de os professores estarem realmente disponíveis para nós. Claro que há regras a respeitar por se tratar de um programa de televisão, no entanto, o facto de os professores estarem sempre disponíveis; de as aulas decorrerem sem interrupções e num só take; o facto de as provas também elas corresponderem ao tempo real que é indicado; tudo isto confere ao programa de televisão uma vertente escola bem mais real que o que poderá parecer à primeira vista.

– Até agora, que balanço faz deste novo desafio na RTP1? O relacionamento com os outros alunos está a ser positivo?

– Até agora tem estado a ser uma experiência muito positiva mesmo. Aprendo imenso e é um tipo de conhecimento que será muito útil, quer trabalhe na área da cozinha ou não. Quem não gostaria de saber cozinhar bem? Todos temos de comer, certo? Tenho-me sentido um sortudo pela oportunidade e tenho aproveitado ao máximo. Tanto eu como os outros alunos, com quem tenho relacionamentos saudáveis e de entreajuda, estamos a evoluir bastante nesta área.

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– Apesar de já ter conquistado algumas vitórias no programa, os seus pratos ainda continuam a receber algumas críticas. Como lida com as opiniões dos jurados?

– Lido bem com todas as críticas que compreendo. Tenho um poder de encaixe muito bom e, por isso, tudo quanto eu perceber assumo como crítica construtiva e viro o seu efeito a meu favor. Trabalho para colmatar as minhas falhas que das críticas advenham. Só encaro mal as críticas quando não as percebo, ou quando não concordo. Até agora ainda não aconteceu na Chefs’ Academy

– Os professores da academia intimidam?

– Ao princípio sim. Tratam-se de profissionais muito respeitados na área e que estão ali para nos avaliar. Com o passar do tempo conhecemos-nos todos melhor e agora já não intimidam assim tanto. Talvez o Chef Cordeiro ainda… às vezes… um bocadinho… (risos).

– Vamos agora regressar ao passado. Em 2008 ficou em segundo lugar no casting para apresentador da SIC Radical (vídeo). Apesar da derrota, teve a oportunidade de apresentar alguns programas e até ganhou uma rubrica semanal. Que balanço faz desta fase da sua carreira?

– Foi uma fase muito boa e que me trouxe muita coisa. Experiência em directos de TV, levou-me a ter experiências que não pensei no início que fosse ter nessa aventura, trouxe para a minha vida muitas pessoas diferentes, interessantes e giras, e deu-me alguma exposição. Mas sem dúvida alguma que a experiência em televisão terá sido a maior mais-valia que retirei dos quatro anos relacionados com o Curto Circuito.

– Muita gente gostava de o ter visto como apresentador do Curto Circuito, e o Gonçalo sempre provou estar à altura do desafio. Porque é que este sonho nunca chegou a ser realizado?

– Isso é uma pergunta que terás de fazer à produtora Sigma3. Da minha parte, desde 2008, que SEMPRE manifestei interesse e vontade de o fazer. E ainda hoje se pudesse o faria com todo o gosto. Por isso, em relação à não-concretização de sonho, não sou eu a pessoa indicada para responder.

– Visto que é adepto das novas tecnologias, provavelmente já adquiriu a Playstation 4. Como está a correr a experiência? Aprova o novo modelo?

– Já tenho, claro! Aprovo e recomendo. Está muito boa! A capacidade desta máquina é, dizem os especialistas, cerca de 16x a capacidade da PS3. Embora o catálogo de jogos inicial não seja uma bomba, existem já alguns títulos que valem a pena no novo sistema: FIFA 14 (que diferença!); Killzone: Shadow Fall (o primeiro a demonstrar um cheirinho do que aí vem); Assassin’s Creed IV: Black Flag (lindo…), etc… Para quem gosta de videojogos, como eu, é uma peça de hardware obrigatória e que aconselho vivamente!

– Que opinião tem relativamente à forma como se faz televisão em Portugal?

– Faz-se muita coisa má e desprovida de interesse e conteúdo. Vale tudo pelas audiências e a luta pela publicidade. É normal, visto que o financiamento dos canais depende grandemente da publicidade. Contudo, existem excepções e existem oásis no deserto! Principalmente a RTP 1 tem optado por manter a qualidade dos seus conteúdos. Chefs’ AcademySabe ou Não Sabe5 Para a Meia-Noite são só alguns exemplos de programas que considero exemplos a seguir no futuro da nossa televisão.

– Então e vamos lá ver uma coisa… O Gonçalo é ator, logo, tem o sonho de entrar numa novela, certo?

– Claro que sim. O teatro está muito mal e é praticamente impossível viver só dele. As novelas já não são a galinha dos ovos de ouro que eram há uns anos, mas permitiriam que vivesse a minha vida a representar (que é o que me preenche verdadeiramente) e ganhar o suficiente para criar família e ainda ser feliz.

– Quanto ao seu futuro, o que gostaria de vir a realizar?

– Em relação ao futuro tenho alguns projetos que gostava de ver realizados. Estou a preparar algo na área da televisão, tenho outros projetos pendentes na área do teatro e ainda um grupo de teatro de improviso, recém-criado, que integro, chamado «Group imProgress». Tudo em Alhandra!

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