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A Entrevista – Fátima Lopes

A Televisão
7 min leitura

Destaque A Entrevista - Fátima Lopes

No passado dia 21 de setembro, a nossa convidada desta semana comemorou três anos como apresentadora da TVI. Tudo começou com o concurso Agora É Que Conta, no entanto, tem agora a seu cargo as tardes do canal.

Estivémos à conversa com Fátima Lopes, que, entre outros assuntos, fez um balanço da sua carreira na estação de Queluz de Baixo. «Tenho sido bastante desafiada, mas também reconhecida pelo meu valor». A conduzir o A Tarde É Sua desde o início de 2011, a apresentadora não nega que gostava de integrar novos projetos. «É um formato que posso apresentar muitos anos sem me cansar, mas é óbvio que ambiciono outros desafios. E eles vão surgir». É a primeira entrevista de Fátima Lopes ao A Televisão!

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– Quem era a Fátima que se estreou em 1994 no Perdoa-me (SIC) e a Fátima de agora que está em programas como A Tarde É Sua ou Somos Portugal?

– Como pessoa, nos meus valores e princípios, continuo a ser mesma pessoa. A minha matriz é a mesma. O que mudou foi a experiência, a prática, a maturidade e a escola de vida que os programas diários nos trazem. Mantenho a mesma alegria, o mesmo entusiasmo e o mesmo prazer em proporcionar momentos felizes a quem nos vê.

– Por falar em momentos… Qual o momento mais marcante que já viveu em televisão?

– Foram tantos, que não consigo mencionar um.

– No ar desde 2011, que balanço faz do A Tarde É Sua?

– O melhor possível. É um programa que lidera desde a sua estreia e que tem continuado a surpreender o espectador. Quem nos vê, sabe que há sempre algo de novo e que não nos limitamos a apresentar casos de vida, mas procuramos encontrar soluções para os mesmos, sempre que possível.

– Na altura, ficou surpreendida com a saída de Júlia Pinheiro?

– Não. Acho que a Júlia tem direito a escolher o seu caminho. Ela gosta de se desafiar a ela própria.

– As senhoras que estão diariamente no estúdio a assistir ao programa estranharam a mudança de apresentadora?

– Devem ter estranhado, mas aceitaram-me com muito carinho e ajudaram à minha adaptação. Hoje tenho uma relação próxima com «as minhas meninas».

– Atualmente, existem críticas relativamente à sua transferência da SIC para a TVI?

– Não! Já passaram três anos e o público vê-me como um rosto TVI.

– Como é o processo de preparação para os diretos do A Tarde É Sua?

– Exige uma leitura muito atenta de toda a informação que nos é dada sobre as várias histórias e temas, a gravação dos vários offs das peças e, às vezes, sair para a rua para fazer algumas reportagens.

– É fácil para si estar durante cerca de duas horas em direto, tal como acontece no seu programa?

– É fácil e um verdadeiro prazer. Eu adoro o que faço.

– E consegue lidar bem com o improviso?

– É para mim tão natural como falar. Não uso teleponto nem entrevistas escritas, exatamente para poder ser livre para improvisar da forma que me apetecer.

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– Vê-se a apresentar o A Tarde É Sua durante muitos anos? Não gostava de integrar outros desafios?

– É um formato que posso apresentar muitos anos sem me cansar, mas é óbvio que ambiciono outros desafios. E eles vão surgir.

– Isso quer dizer que a TVI tem novos projetos para si?

– Provavelmente sim.

– Sente-se realizada nesta estação?

– Muito realizada. Tenho sido bastante desafiada, mas também reconhecida pelo meu valor.

– Há pouco tempo afirmou que perdeu o preconceito relativamente aos reality-shows. O que a fez mudar de opinião?

– Foi perceber que tudo depende da dignidade com que se faz um conteúdo.

– Portanto, aceitava apresentar a Casa dos Segredos, por exemplo.

– Não é um formato que me pareça talhado para mim. Mas se os meus diretores me pedissem, empenhar-me-ia ao máximo para fazê-lo bem.

– Acha que conseguia «domar» os concorrentes no confessionário?

– Procuraria fazê-los perceber que é um lugar bem distinto do resto da casa.

– Mas que género de programa gostava mesmo (mesmo) de apresentar?

– Não sei. Talvez um programa de puro entretenimento e não de infotainment. Mas atenção! Só uma série ou duas desse programa, porque a minha praia é aquela em que me encontro.

– Então e como é integrar a equipa do Somos Portugal aos domingos?

– É maravilhoso! É gente enérgica, bem disposta, alegre e muito profissional. Que mais se pode querer? Ainda por cima com um banho de público sempre à nossa espera.

– Enquanto que Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira são mais dados à «palhaçada», a Fátima tem um registo mais clássico. Não se sente pressionada em seguir a mesma linha destes apresentadores?

– Não. Eles são eles e eu sou eu. Nós os três temos personalidades vincadas e nenhum tem vocação para imitações.

– A pergunta que não podia faltar: tem saudades de trabalhar na SIC?

– Não sou uma pessoa saudosista. Guardo excelentes memórias dos 16 anos que trabalhei na SIC. Mantenho bonitas amizades, mas a experiência ficou concluída no passado.

– Como avalia o atual panorama televisivo em Portugal?

– Está tudo um pouco em banho-maria, como o próprio país. Não há dinheiro para loucuras. Não é tão fácil surpreender o espectador nestas circunstâncias.

– Fátima, muito obrigado por ter aceite o nosso convite para esta entrevista!

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