Uma apresentadora, três jurados e oito novos concorrentes. Dança com as Estrelas está de regresso à TVI e a estreia acontece daqui a poucas horas. Não podíamos deixar de assinalar esta noite com uma entrevista especial. E como prometemos e cumprimos, numa só entrevista temos Cristina Ferreira, Cifrão e Isabel Figueira.
aTV – Um ano depois, o Dança com as Estrelas volta à TVI para animar as noites de domingo. Como é estar de regresso à dança?
Cristina Ferreira – É estar muito feliz, é ter um grupo fantástico, é este estar entusiasmadíssimo para dançar, é perceber que a febre da dança se instalou nos portugueses e percebemos isso com o nosso autocarro e com a quantidade de pessoas que dançou connosco no percurso que fizemos de autocarro [no dia da apresentação à impresa]. Depois é saber que muitos deles irão estar mais próximos do público agora com a participação no Dança com as Estrelas. O público tem perguntado muito, através do Facebook, quando é que regressa. Estamos de volta! O verão é animado com as nossas danças e eu estou entusiasmada porque cada pista é diferente consoante os bailarinos.
Cifrão – O Dança com as Estrelas é um projeto com características que me agradam muito. As pessoas podem trabalhar a sério, estão todas as semanas a trabalhar em prol de um bom espectáculo, em prol de evoluírem em termos de dança e isso para mim é melhor que tudo. E realmente há uma grande diferença nas pessoas quando entram e saem do programa, há uma evolução nos nossos convidados e isso é realmente o mais importante. Fora isso, as pessoas na rua, em casa, dizem que adoram.
Isabel, é bom regressar às lides televisivas?
Isabel Figueira – Depois de algum tempo de paragem é maravilhoso, mas esse tempo de paragem também foi necessário. Fiz formação profissional, dediquei-me aos filhos, portanto, foi um tempo que também foi importante para mim, e estou muito feliz por regressar numa área que gosto muito. Gosto muito de música, logo, gosto de dançar. Já tinha participado no Dança Comigo, tinha ganho uma das edições e, portanto, fiquei muito contente com o convite da TVI. Aceitei de imediato, estou feliz por participar num programa em que saímos com uma educação de dança muito diferente daquela que nós temos. Nós às vezes achamos que sabemos dançar e sem dúvida alguma o meu par vai ser muito importante para o meu desempenho. Vou-me dedicar de corpo e alma a este projeto.
Já tinhas saudades deste mundo?
Isabel Figueira – Sim, já. O bichinho continua lá. Foram dez anos, todos os dias a fazer televisão, ou era o Top + ou a Volta a Portugal em Bicicleta, ou era outro programa de televisão… Portanto, senti realmente saudades, obviamente mesmo que isso fosse substituído pelos meus filhos. Senti muitas saudades e estou muito feliz.
Com esta ligação à TVI, no futuro vamos ver-te como apresentadora do canal?
Isabel Figueira – Não estou a pensar nisso no momento. Estou focada no programa, naquilo que o programa pode trazer a nível físico. Isso depois é uma coisa que se vê, agora estou focada em fazer um bom trabalho, em dançar bem e entreter as pessoas lá em casa sobretudo.
A Isabel vai conciliar o Dança com as Estrelas com as gravações de Os Nossos Dias (RTP). Será um esforço acrescido?
Isabel Figueira – Tem de ser, como tudo na vida dedico de corpo e alma e com grande profissionalismo e é isso que vou fazer com o programa da TVI e com a novela Os Nossos Dias.
O que é que faz deste programa um sucesso de audiências?
Cristina Ferreira – Eu acho que é a boa energia que o programa traz, porque isso nota-se. Nós no ano passado éramos para ter, imagina, dois ensaios por semana e as pessoas acabaram por ter toda a semana preenchida de ensaios porque era tão bom que a gente queria ser tão melhor que os outros. Eu já vi outras edições estrangeiras e devo confessar, bailarinos como os nossos há poucos. Nós somos dos melhores a dançar neste tipo de programas e isso deixou-me muito feliz.
Cifrão – Eu acho que são as pessoas, são os bailarinos, são os convidados, é a Cristina a apresentar, é a alegria que acontece naquele palco. E a dança ajuda muito nisso, as pessoas gostam de ver dança e gostam de ver as pessoas a divertirem-se a dançar. A razão do sucesso é isso tudo, é a mão de obra que leva a isso tudo.
Jurado ou concorrente: qual o «cargo» que te fascina mais?
Cifrão – Não gostava de competir, gostava de dançar, mas enquanto jurado tenho a oportunidade de puder dançar de vez em quando naquele palco, portanto, tenho o melhor dos dois mundos sem ter de competir com ninguém.
Consideras a posição de jurado por vezes ingrata?
Cifrão – Já competi, já fiz uma vez o Dança Comigo e prefiro muito mais estar nesta condição de jurado, embora às vezes seja ingrato avaliar as pessoas, mas também é uma coisa que já faço há tanto tempo. Já lido com a dança há tanto tempo que para mim já é instintivo. Quando eu vejo, consigo perceber o que está bem e o que está mal, o que há para evoluir, o que há a fazer para a pessoa melhorar, por isso é uma posição que está a tornar-se bastante confortável para mim.
E o que é que podemos esperar dos jurados nesta segunda edição?
Cifrão – Isso vai ser o riso geral. A Alexandra é muito engraçada e nós estamos sempre a divertir muito com ela. O senhor Alberto é mais sério mas é mais sério para vocês, para nós é muito divertido também – descontrai muito quando estamos os três ali a falar. E vai ser passar as noites de domingo a rir do princípio até ao fim no programa. Isso é certo.
Será que estamos perante um elenco de concorrentes tão forte como foi o da primeira edição?
Cristina Ferreira – Não se pode dizer que é melhor que os outros porque são pessoas completamente diferentes. O primeiro foi marcante e muito bom, mas este acho que vai ser mais competitivo que o outro. Temos de facto muitas pessoas que dançam muito bem e acho que vão surpreender porque nunca os vimos. Uma Rita Pereira nós já tínhamos visto a dançar, a Sofia Ribeiro também, agora [neste lote de concorrentes] ninguém ainda foi visto a dançar e acho que vamos ter boas surpresas.
Cifrão – Nós estávamos preocupados em arranjar um leque tão bom quanto ao primeiro. Acho que conseguimos, temos pessoas com características para fazer um bom programa. Acima de tudo já viram que os outros esforçaram-se muito, todos eles agora querem esforçar-se muito também para conseguir atingir os objetivos – fazer um bom espectáculo. Acho que escolhemos muito bem. A TVI e a Endemol escolheram muito bem e vamos ter grandes noites de domingo.
Na tua opinião, enquanto coreógrafo, que concorrente é que achas que te vai dar mais trabalho?
Cifrão –Nenhum deles vai dar trabalho. Acho que eles querem tanto aprender a dançar e fazer uma boa figura que quem vai ter trabalho são mesmo os bailarinos por causa dos horários de ensaio. Eles vão querer dançar das nove até as seis da tarde (risos).
As lesões são sempre um dos principais receios neste tipo de programa.
Cristina Ferreira – As lesões são normalíssimas. Sempre houve esse cuidado, agora não dá para evitar tudo, isso é a mesma coisa na ginástica, e a mesma coisa em qualquer outro desporto. Não dá para evitar tudo, nós temos todos os cuidados necessários, mas há sempre coisas que acontecem e toda a gente está preparada para isso.
Isabel Figueira – Tenho sempre receio de contrair alguma lesão, até porque tenho outros trabalhos em paralelo e portanto condiciona a vários níveis – também como mãe, mas vou tentar fazer os possíveis para fazer as coisas de maneira certinha, da melhor maneira, tentar atirar-me mas não tanto e ser um bocadinho cautelosa porque eu gosto de dança, mas a dança não faz parte da minha vida, não sou bailarina.
Isabel, com a tua participação, que frutos esperas colher?
Isabel Figueira – Acima de tudo é um programa onde dançar liberta muita coisa e eu adoro dançar. Para além de ter um grupo espectacular, espero retirar algumas lições de dança que sempre tive curiosidade ao longo da vida até porque com o Dança Comigo fiquei com algum bichinho. Depois do programa fiz alguns workshops de dança mas nunca aprofundei muito, portanto, quando aparece algum programa deste género, eu fico sempre ansiosa por aprender cada vez mais. Acho que acima de tudo, fazer da dança mais profissional e não amador.
Esperas um maior reconhecimento profissional com a tua participação?
Isabel Figueira – Acho que o reconhecimento profissional vamos tendo ao longo da nossa carreira. Este ano foi muito importante, fiz campanhas, dediquei-me aos meus filhos, fiz formação que para mim foi importante – a formação também nos renova muito enquanto profissionais. Agora sinto-me preparada para os projetos que vou abraçar, principalmente este que é muito mais físico e intelectual. É sem dúvida um desafio que me vai exigir muito.
Cristina, vamos ter mais um caso de sucesso?
Cristina Ferreira – Eu espero sempre que tudo o que a TVI faça tenha sucesso e se não tiver vamos à procura dele.
