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A Entrevista – David Antunes

A Televisão
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Destaque David Antunes A Entrevista - David Antunes

Conhecido por tocar com a sua banda The Midnight Band no 5 Para a Meia-Noite, na RTP1, David Antunes aventura-se agora na gravação de um disco, a ser editado no final do ano. O videoclip do single de estreia «Não Te Quero Mais» já conta com mais de 277 mil visualizações e tem a realização de Alexandre Cebrian Valente. O músico revela aqui ao A Televisão o seu grande sonho: «Daqui por 30 anos uma música minha estar a passar na rádio, e as minhas filhas poderem dizer “Isto é do meu pai”».

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– Antes do 5 Para a Meia-Noite, o David e a Midnight Band só eram praticamente conhecidos no Ribatejo, mas agora toda a gente vos conhece. Como é que aconteceu o boom?

– Arrisco-me a dizer que antes do 5 Para a Meia-Noite éramos conhecidos apenas no Verdelho (terra onde nasci)! O boom acontece graças ao 5 para a Meia-Noite, e claro, ao Pedro Fernandes.

– Foi necessário um grande esforço para conseguir a profissão que tem?

– Aconteceu naturalmente. Na minha família eram todos músicos. Em vez de legos e carros, tinha teclados e baterias. Nunca me vi a ter outra profissão. Quando tinha cinco anos tive o meu primeiro «gig» pago! Os meus pais levavam-nos para os concertos deles e eu com o Valter (irmão mais velho) entrávamos a meio do espetáculo para fazer um número. Quase como… atração de circo.

– Na sua opinião, quais são os fatores essenciais para construir uma carreira na música?

– Gostar de música. Gostar mesmo de música. Senti-la. E como em todas as profissões: acreditar.

– O 5 Para a Meia-Noite estreou em 2009 e, desde então, tem conquistado boas audiências. Qual o segredo do sucesso?

– O segredo do sucesso é trabalho. Aquilo parece fácil. Mas aquela malta mata-se a trabalhar todos os dias. Criar conteúdos novos diariamente, tentar surpreender o público não é coisa fácil. Eles merecem todo o sucesso que estão a ter. E depois, desde a produção até aos apresentadores, são todos boa gente.

– Vocês ensaiam muito? No talk-show da RTP1, por exemplo, temos a ideia de que há ali bastante improviso…

– Na parte musical… é 50/50. Algumas coisas são ensaiadas, outras, são feitas no momento. Ter dois irmãos na banda tem essa vantagem. Há uma grande cumplicidade que nos permite improvisar e parecer que está ensaiado.

– Este ano lançou um novo tema, «Não Te Quero Mais», em dueto com a Vanessa Silva. Sempre acreditou no sucesso da música?

– Tinha esperança que as pessoas gostassem. Foi a primeira música em anos de trabalho que escrevi e gostei mesmo do que escrevi. Estou muito feliz por este resultado e deu-me força para fazer mais e melhor.

1 A Entrevista - David Antunes

– A canção tem recebido diversas críticas internacionais. Qual a sensação de ser reconhecido lá fora?

– É engraçado. Tenho recebido vários e-mails. Ainda há dias recebi de um senhor que tem um site de música em Londres, dizendo que é «provavelmente a melhor música que ouviu este ano»! Mas também o ano ainda está a começar! É muito bom receber elogios, sejam eles em inglês, português ou mandarim. Falando a sério… A internet realmente permite-nos chegar a sítios e casas que nem sabemos que chegamos. Se pensarmos bem, facilmente o Elton John ou a Rainha de Inglaterra ouve a nossa música, e nós nem nos apercebemos que isso pode acontecer.

– Admira muito a Vanessa? Acompanhou o percurso da cantora na Academia de Estrelas?

– A Vanessa? É só a melhor voz feminina de todos os tempos! Confesso que só a conheci quando vi o vídeo do Bryan Adams no Rock in Rio. Logo depois conhecemo-nos pessoalmente e foi amor à primeira vista. Faz parte do meu grupo de melhores amigos. E se há alguém nesta vida que merece ter sucesso é aquela mulher. São muitos anos. Muitos anos e muito trabalho.

– Sente que este é o seu momento? É o agora ou nunca?

– Quero acreditar que sim. Que este pode ser o verdadeiro início… para nós! Não sou só eu. O «David Antunes» é uma família. Levo comigo o meu irmão Zé Manel, o Valter, a Vanessa, os músicos, a família, os amigos. O sucesso pertence a todos.

– Acha que o sucesso que tem alcançado faz «comichão» a muita gente?

– Não penso nessas coisas. Gosto de good vibes e afasto-me rapidamente das pessoas que eu perceba há ali qualquer tipo de negativismo. Andamos cá dois dias. Quero aproveitá-los com gente boa e feliz.

– Com que olhos vê o estado da música em Portugal?

– Sinceramente, acho que damos demasiada importância à música estrangeira. Eu incluído! A minha banda preferida são os Queen. Mas como nos supermercados é «moda» comprar nacional, acho que na música devíamos começar um movimento semelhante: queremos Rui Veloso como cabeça de cartaz do Rock in Rio. A primeira parte fazem os Metallica.

– Aborrece-lhe o facto de videoclipes de concorrentes da Casa dos Segredos terem mais destaque (impacto e visualizações) do que outros vídeos mais sérios?

– É compreensível. São coisas com piada. Mais facilmente partilhadas nas redes sociais. Eu próprio partilho essas coisas. A malta precisa de rir.

– Quais são os próximos passos?

– O álbum está a ser preparado. O «Não Te Quero Mais» é o single de estreia desse mesmo álbum. Em maio sai o segundo single. Durante este ano, vamos lançando singles e no final do ano sai o álbum. Mesmo a tempo de poder ter prendas de Natal para a família A minha maior ambição? Daqui por 30 anos uma música minha estar a passar na rádio, e as minhas filhas poderem dizer «Isto é do meu pai».

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