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A Entrevista – Daniel de Oliveira – «Os Dias Eram Assim»

Diana Casanova
6 min leitura
Imagem: Globo

Daniel de Oliveira forma o trio de protagonistas de Os Dias Eram Assim juntamente com Sophie Charlotte, a sua mulher na vida real, e Renato Góes. Aquela que é apresentada como uma supersérie pela Globo chega hoje ao nosso país, a partir das 22h50, através do canal Globo. Assim, o A Televisão esteve à conversa com Daniel de Oliveira que nos apresenta Vítor, a personagem que interpreta, e fala também da sua experiência e expectativas nesta produção.

Leia, em seguida, A Entrevista a Daniel de Oliveira.


Na série Os Dias Eram Assim interpreta Vítor. O que pode contar sobre esta personagem?

É uma personagem curiosa, eu diria. Mora com a mãe, mas não a chama de mãe, chama de Cora [Susana Vieira]. Eles têm uma parceria no dia a dia. A mãe é viciada no jogo, está sempre a aprontar alguma coisa, e o Vítor está sempre a dar cobertura a esses deslizes da mãe, e também ajuda-a a nível financeiro. Mas também é um homem ganancioso, que olha para a carreira de uma forma mais aguda. Ele está no caminho do chefe, futuramente ele quer ocupar o lugar do sogro, então ele já está inserido na família. É namorado da Alice [Sophie Charlotte], julga que ambos são um casal forte e que está no caminho certo para o futuro que ele tanto almeja. Para ele está tudo perfeito: vai casar com uma gata, que é filha do dono de uma construtora. Está tudo perfeito… só que não [risos].

Está tudo perfeito até ao momento em que chega Renato [Renato Góes], por quem a Alice vai apaixonar-se…

Até então ele não sabe o que está a acontecer. O primeiro episódio da supersérie já começa com uma fuga da Alice. Ela sai do prédio, que está em obras, por um andaime, e ele ali, à espera, para pedi-la em casamento. Ao mesmo tempo, a selecção do Brasil é tricampeã, o país está no auge da ditadura, e ele vai pedi-la em casamento, mas não esperava por esta fuga. É nesse dia que a Alice conhece o Renato e aí o pesadelo do Vítor começa, porque ele percebe que está a perder a mulher que ama. Na verdade ele já estava a perdê-la, mas nunca se tinha apercebido. E ele vai fazer de tudo para tê-la de volta.

Como é a relação do Vítor com Arnaldo [Antonio Calloni], pai da Alice?

É um vínculo até contraditório, porque ele quer ficar com o lugar dele, quer chegar lá e tornar-se o dono da empresa. Mas também tem um grande respeito pelo patrão/sogro. Ao mesmo tempo, ele está apaixonado pela Alice, mas os dois vão juntos aos bordéis. Porque na cabeça deles há aquela questão da mulher para casar, que tem de casar virgem, e da mulher do bordel para saciar os desejos do homem. Além de serem sogro e genro, os dois também partilham essa cumplicidade nesse submundo, digamos assim.

Na sua opinião, como é que o público vai receber a sua personagem?

Não faço a mínima ideia [risos]. Não sei mesmo. Mas posso assegurar que estou a fazê-lo da forma mais apaixonada possível. Até porque ele é mesmo um homem apaixonado, mas às vezes as ações que ele pratica, o que ele provoca na Alice, pode fazer com que haja um afastamento do público: «Esse cara não presta». Acho que vai ser um pouco dúbio.

Mas ele vai criar o filho que a Alice vai ter com o Renato como se fosse dele…

[interrompe] Ponto para ele [risos].

Acha que esse carinho que ele manifesta pela criança é genuíno?

Uma criança tem o poder de mudar tudo. No primeiro momento ele é a cara do pai, do Renato, o Vítor já fica invocado. É o sangue do rival que está ali. Mas o Vítor é tão obcecado pela Alice que ele até passa por cima disso para ficar com ela e para ficar perto dela.

Como já referiu, a mãe da sua personagem, Cora, é interpretada pela atriz Susana Vieira. O que espera desta parceria?

Já trabalhei com a Susana na novela A Padroeira, há muito tempo, as nossas personagens não contracenavam muito, e agora tenho o privilégio de contracenar com ela. É um prazer.

Como é voltar a dividir cena com a sua mulher, Sophie Charlotte?

É ótimo [risos]. É maravilhoso. É uma grande parceira, uma grande atriz. Então para mim é um privilégio contracenar com ela. E é bom porque vamos estar de férias juntos.


 

Redatora e cronista