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A Entrevista – Carlos Costa

A Televisão
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A participação de Carlos Costa no The Voice Portugal não deixou ninguém indiferente. Foi uma grande surpresa para os fãs e para o público em geral, especialmente quem o reconhece de programas como o Ídolos ou o Festival da Canção. O jovem madeirense, de 21 anos, é seguido por mais de 40 mil pessoas no Facebook e frequentemente partilha momentos da sua vida e atuações musicais do próprio. Será desta que Carlos vai conseguir vencer neste meio?

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1 A Entrevista - Carlos Costa

– Carlos, bem-vindo ao A Televisão.

– Obrigado por esta entrevista. Sou fã do vosso site e é uma das minhas fontes de informação online sobre «A Televisão».

– O que há de diferente no Carlos Costa na altura do Ídolos (2009) e agora? Como descreve a sua evolução enquanto artista?

– O Carlos Costa (Ídolos) era um menino, com muitas aptidões e muita escola, que já trabalhava no mundo da música fazia quatro anos, como profissional e que tinha apenas 17 aninhos. Hoje, o Carlos Costa atual é alguém que correu o país em concertos e atuações, participou em inúmeros programas de TV, lançou um álbum de sua própria produção, tomou decisões, amadureceu, aprendeu, conheceu muitas pessoas novas e que ainda tem muito para aprender. No fundo, houve um melhoramento, mas ainda existe muito para dar.

– A música e o mundo do espetáculo sempre foram um objetivo de vida para si?

– A música e o mundo do espectáculo sempre foram algo que esteve incutido na minha educação. Desde muito pequenino que as aulas de canto e dança faziam parte do meu dia a dia. Cresci com isso e não poderia negar as minhas raízes. Amo o mundo do espectáculo.

– Será que ainda existe preconceito por parte do público e da indústria musical quanto à música e à imagem pop feitas em Portugal?

– Muito sinceramente, acho que não, e se existe talvez nos caiba a nós mudar isso. Eu tento, todos os dias, por amor àquilo que faço. Costumo dizer que prefiro não vender um único CD, mas continuar fiel aos meus gostos e opções musicais. O nome pop vem de popular… Se é popular, não pode ser assim tão mal recebido pelo nosso povo.

– O seu primeiro disco, «Raio de Sol», é certamente um sonho tornado realidade. Foi difícil concretizá-lo?

– O «Raio De Sol» é o reflexo e a sequência da vida mágica que vivo. Foi fácil concretizá-lo porque o fiz com muito amor e carinho. Foi também uma escola para mim, pois foi o primeiro. A equipa que me acompanhou também foi indispensável, desde compositores, engenheiros de som, co-produtores, fotógrafos, designers, promotores e a minha editora. Tudo foi perfeito. Há que ir à luta e o segundo álbum vem aí.

– Como define o álbum? O que pretende transmitir ao público?

– «Raio De Sol» é um álbum que transmite luz, esperança e boa disposição. Foi um trabalho feito a pensar nos fãs e no público-alvo do Ídolos. Com muito de mim nele.

– Quando escreve as canções tem algum objetivo?

– As letras contam histórias sobre mim. Vivências e opiniões que vêm diretamente do meu coração e da minha alma. O meu objetivo, especialmente neste primeiro álbum, foi demonstrar que todos os problemas podem ser vistos de forma positiva e que existe sempre um «Raio de Sol» a brilhar por nós. Decidi também gravar três videoclipes («Raio de Sol», «Just Us», «Limite é o Céu»). Achei que contar a história desses mesmos temas seria importante. Vem aí o quarto. Espero que gostem.

– Atualmente, como é que reage às críticas? Não lhe incomoda o facto de comentarem negativamente o seu trabalho?

– Sou o que sou hoje graças às críticas e elogios. Nunca passei ao lado de ninguém e é o que me importa. Espero que não mude, seria mau sinal.

– Mas sente algumas invejas no meio musical devido aos troféus que tem conquistado?

– Não sei se há invejas, mas acho que não há nada para invejar. Se querem o pouco que conquistei, trabalhem, lutem e verão os resultados aos poucos.

2 A Entrevista - Carlos Costa

– É de conhecimento geral que o Carlos gostaria de representar Portugal na Eurovisão, tendo participado em 2012 no Festival da Canção. Se tiver possibilidade, voltará a tentar?

– O festival Eurovisão já não é aquilo que Portugal pensa que é. O ESC é hoje em dia uma montra de artistas europeus e de variadíssimos estilos musicais. Recusei participar em 2014 porque já sabia que ia entrar no The Voice Portugal e porque estou a fazer dez horas de estúdio por dia para concluir, em tempo recorde, o meu segundo álbum. Só voltarei se a RTP voltar a abrir as inscrições como em 2010, para que possa participar com um compositor e música da minha escolha (coisa que não aconteceu em 2012 e deu no que deu). Assim se perder, sei que a culpa foi minha e acarto com as consequências (em 2012 acartei com as críticas e culpas de terceiros apenas por ter feito o meu trabalho).

– Qual é, na sua opinião, o motivo que fez com Portugal ainda não tenha ganho a Eurovisão?

– Portugal só irá ganhar quando quiser apostar para ganhar. A Eurovisão não é o mundial de futebol (infelizmente) e por isso não investem como deve ser para que o próprio público se sinta motivado a torcer por Portugal. Se os portugueses não são motivados a assistir, a RTP nunca irá ver o justo retorno dos investimentos feitos no ESC. É uma bola de neve de desmotivação artística, monetária e de interesses. O compositor de «Euphoria» (vencedora de 2012) já me disse que gostaria de tentar comigo mas que para isso a RTP tem que mudar a postura. Ainda assim, não acho digno que Portugal necessite de compositores estrangeiros para ser bem representado.

– O que me diz da canção vencedora deste ano, «Quero Ser Tua»?

– Gosto da Suzy, e acho que irão surpreender muita gente. Chapada de luva branca. O que lhe fizeram no Convento do Beato não se faz.

– Vamos agora ao The Voice Portugal: que balanço faz da sua «Prova Cega»?

– Estava extremamente debilitado com uma laringite naqueles dias, algo que se estendeu até a fase das batalhas. O tema era difícil e a pressão típica daquele tipo de programas não ajudam. Não foi brilhante, mas consegui o resultado que pretendia. Melhores provas virão.

– A sua participação foi uma grande surpresa para o público em geral. Não tem receio de ser criticado por já ter participado num programa de televisão?

– Segundo rumores, acho que fui criticado. Não tenho por hábito ler comentários sem fundamento, respeito cada um. Não sou o único repetente nestas lides e estou ali por mérito. O resto são restos.

– Que opinião tem sobre o seu mentor, Mickael Carreira? Acha que vão fazer um bom trabalho juntos?

– O Mickael foi a cereja no topo do bolo, uma surpresa para mim. É um ser humano incrível, muito simpático, amável e atencioso. Não estava à espera e surpreendeu-me.

– Se nenhuma cadeira se tivesse virado, o Carlos iria ficar muito triste?

– Não costumo pensar em «se», na hora veria. Sou educado e sei aceitar o meu destino, coisa que nem todos conseguem.

– Que expectativas tem depositadas neste concurso? O que podemos esperar de si caso chegue às galas em direto?

– Eu estou a viver o The Voice com calma e passo a passo. Vamos ver como correm as próximas fases. Se chegar às galas, irei dar tudo para dignificar a confiança depositada em mim pelo Mickael. Vou tentar levá-lo o mais perto do pódio possível.

– As audiências do programa têm sido bastante positivas. Acha que os números vão continuar a surpreender?

– As audiências são números e pensar em números desconcentra. No final apenas a qualidade fica.

– Muitos dos talentos que são revelados neste tipo de concursos acabam por cair no esquecimento. O que me diz sobre esta situação?

– Posso falar do meu caso: há quem diga que a fama é efémera e eu nunca procurei fama. Por isso é que ainda aqui estou. Os frangos não caem do céu e não existem produtores milagrosos que vão fazer de mim uma estrela. Tenho duas mãos e vou à luta.

– Que mais podemos esperar de si nos próximos tempos?

– «O meu limite é o céu» (como diz um dos meus temas), irei tentar superar-me sempre e tentar não desiludir.

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