A notícia correu o país: Ricardo Afonso, um cantor português de 38 anos, surpreendeu na fase de castings do concurso de talentos musicais The Voice, no Reino Unido. Bastou o tema «Hard to Handle» de Otis Redding para deixar os quatro jurados boquiabertos. E, em entrevista ao A Televisão, o jovem garante que não vai desistir do seu sonho, que passa por conquistar um lugar na música. «Temos de criar situações para que as oportunidades surjam», afirma Ricardo.
[quote]Estar um passo à frente pode ser a diferença entre as coisas resultarem bem ou mal[/quote]
A Televisão – Como surge esta iniciativa de participar no programa The Voice?
Ricardo Afonso – Eu acredito em abrir portas. Temos de criar situações para que as oportunidades surjam. No meio musical, em geral, a concorrência é feroz. Portanto, estar/pensar um passo à frente pode ser a diferença entre as coisas resultarem bem ou mal.
Qual a sensação de pisar o palco deste programa?
Estar no The Voice é fantástico. Estar rodeado de talentos em frente a milhões de pessoas faz-me sentir humilde e com os pés assentes na terra. A energia e a adrenalina de atuar ao vivo não tem igual, a meu ver. E é, por isso mesmo, que eu vivo.
Com que objetivo se candidatou?
A minha participação no The Voice é mais um passo que dou com o intuito de aumentar as minhas experiências, a minha carreira e, acima de tudo, a estabilidade pessoal e financeira da minha família.
Conte-nos como correu o seu primeiro casting.
No dia em que gravámos, eu cheguei ao estúdio às 7h00 e só cantei às 16h45… Tive de utilizar toda a minha experiência para lidar com os meus nervos e os de todos os concorrentes menos experientes, que vi entrar pela porta antes de mim. Da minha sessão, fui o penúltimo a cantar!
Quem o apoiou nesta aventura?
Tive sempre a minha família presente, dentro de mim, e isso foi toda a ajuda necessária quando chegou a hora.
Recebeu vários elogios relativamente à sua prestação, certo?
Recebi comentários bons dos Coaches [membros do júri], que eu respeito e admiro imenso, especialmente do Tom Jones. Mas nesta altura, a opinião do Danny [vocalista dos The Script] é a que conta mais, afinal de contas já paço parte do Team Danny!
Isso quer dizer que, dos quatro jurados, identifica-se mais com o Danny?
Sim, exato.
É fã dos The Script, a banda do mentor da sua equipa?
Gosto imenso da música dos The Script. Os temas e a produção dos álbuns são excelentes.
Qual é a sensação de ser aplaudido por milhares de pessoas?
Não penso muito em aplausos e coisas do género. Eu gosto do que faço e só isso me faz feliz e deixa realizado.
[quote]Não estava à espera de uma resposta tão positiva[/quote]
É fácil chegar ao palco e entregar-se à música?
Tento sempre dar o meu máximo com empenho, dedicação e concentração.
Como está a gerir todas as mensagens de apoio que, certamente, têm “disparado” nas últimas semanas?
Com um profundo sentimento de que nada está ganho e com os pés bem assentes na terra. Mas feliz por aparentemente ter trazido um pouco de felicidade aos portugueses.
Tem recebido apoio de profissionais que também frequentam o palco?
O apoio de toda a gente que frequenta os palcos e as plateias do West End tem sido imenso. Mas o volume que vem de Portugal, deixou-me tão contente. É tão bom ler o apoio que me chega pelo Twitter e Facebook, em português!
Sente que o seu talento é reconhecido em Portugal?
A semana passada estive em Portugal e as mensagens de apoio do publico português deixaram-me contente. Não estava à espera de uma resposta tão positiva.
Em 2011 atuou nos Globos de Ouro da SIC. Gostava de ter uma participação mais ativa em programas e eventos nacionais?
Nunca fechei a porta a Portugal. Estou agora em conversas com dois grandes amigos, o Luís Fernando e o Rui Fingers, e temos ideias para fazermos música cá em Portugal.
E que ideias são essas?
Ainda estamos no início, a passos pequenos mas certos. Vamos ver o que acontece no futuro.
Qual o seu maior sonho?
Ter uma vida cheia de experiências. E uma carreira longa.
E se for o grande vencedor do The Voice?
Não penso em ganhar o The Voice. A minha participação tem a ver com experiências e novas oportunidades.
Uma mensagem para todos aqueles que pretendem seguir carreira musical?
Nunca tomem decisões baseadas na fama, mas sim em empenho. Uma carreira longa demora tempo a construir.
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Veja a mensagem que o Ricardo deixou para si:
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=JdTtkSBHZII]
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