Desde o dia 8 março que Raquel Strada tem um novo programa a seu cargo na SIC Mulher – À Sua Medida. O formato, dedicado ao universo feminino, envolve sobretudo sugestões para as mulheres viverem melhor e sentirem-se mais bonitas. Raquel demonstra-se feliz com este desafio, mas confessa que não gosta de apresentar sozinha. Saiba de seguida o que a apresentadora, atriz, jornalista e locutora de rádio disse em entrevista ao A Televisão…
[quote]Preciso de mais estudo, empenho e tempo para ser melhor na área da representação[/quote]
A Televisão – A sua estreia em televisão acontece com a série Diário de Sofia em 2004 [RTP], onde fazia o papel da terrível Bianca. Foi um projeto que a marcou?
Raquel Strada – Claro. Foi o meu primeiro projeto em televisão e estava um bocadinho às escuras. Não sabia bem no que me estava a meter, pois fui na conversa do meu namorado e amigos… (risos). Agora, olho para trás e penso: ainda bem que insistiram!
Espera um dia voltar à representação?
Talvez. Representar fascina-me. Em especial, o processo de criar uma personagem… Mas vejo-me sempre a fazê-lo de uma forma pontual, como tenho feito este ano. Tenho muito respeito pela arte, pelos atores. Preciso de mais estudo, empenho e tempo para ser melhor nessa área.
Então, quer dizer que a sua “praia” é definitivamente apresentar?
A minha praia é comunicar. Por isso, a escolher, prefiro sempre apresentar.
Qual o momento mais marcante que já viveu em televisão?
Marcante? Não sei… Já passei por momentos em televisão bons, engraçados… aterrorizantes! (risos). Acho que o que me marca mais são os “sins”. Ou seja, quanto te ligam a dizer que ficaste com determinado programa. Nesta profissão, ouves muitos nãos. Por isso os tais sins, sabem ainda melhor. Como quando soube que ia apresentar o 6Teen, o Dá-lhe Gás, o Vida Nova, o Portugal Fashion, a ModaLisboa… É a melhor sensação, a mais marcante…
Que tipo de programas gostaria de entrar como estrela principal?
Eu não gosto muito de apresentar sozinha. Acho que quase tudo funciona melhor a dois… (risos). Mas pronto, se tivesse a oportunidade, gostaria de apresentar o The X-Factor, ou um programa como o da Ellen. Eu gosto do daytime, concursos, talk-shows… Tento fazer o meu caminho. Mas em última instância não sou eu que decido, mas sim a direção do canal para o qual trabalho.
Como está a correr o seu novo programa na SIC Mulher – À Sua Medida?
Muito bem, mesmo! Temos centenas de inscrições todas as semanas. Ou seja, a interatividade que se pretendia com este programa está a acontecer. As pessoas participam, comentam e vêem. Querem fazer igual em casa, o que é muito bom.
Preocupa-se com as audiências?
Eu preocupo-me sempre em fazer o meu trabalho da melhor forma possível. E depois sim, preocupo-me com as audiências. Continuo a questionar-me em relação ao processo de medição de audiências, mas para já é o único que temos, e presumo que seja fiável.
[quote]Há muitas pessoas da minha idade, em casa, durante o dia. A realidade mudou.[/quote]
Se a direção da SIC lhe concedesse três desejos para este ano, quais seriam?
Na realidade não mudava assim tanta coisa. Queria continuar a fazer o meu programa na SIC Mulher e gostava de fazer daytime como repórter. Há muitas pessoas da minha idade, em casa, durante o dia. A realidade mudou. Ou estão desempregadas, ou nem chegaram a ter o primeiro emprego porque essa oportunidade não existiu. E elas também querem ver conteúdos direcionados para elas, porque o país não lhes dá grandes alternativas para se manterem ativas na sociedade. A função da televisão é entreter, educar, esclarecer… E a maior parte não tem acesso a televisão por cabo porque, simplesmente, não têm dinheiro para isso. Era isso que eu pedia.
Já pensou em trabalhar noutros canais de televisão?
Já me passou pela cabeça. Mas a sério mesmo, não.
E convites para a concorrência, têm surgido?
A SIC é a minha “casa”. Até aqui nunca considerei mudar, porque sou muito feliz onde estou. Mas tenho por hábito não dizer nunca a nada…
Sente-se bem paga pelo trabalho que faz?
Sinto-me uma privilegiada por ter tanto trabalho, como tenho. Por isso, o facto de ter um salário já me deixa bastante satisfeita.
E para além do novo programa na SIC Mulher, há mais novidades televisivas para 2013?
Eu espero que sim. Daqui a uns meses, falamos… (risos).
A Raquel também tem uma faceta de radialista. O que a fascina no mundo da rádio?
Tudo. Adoro rádio. Mas neste momento os horários eram incompatíveis com a minha vida. Mas mais tarde, pretendo voltar, sim.
Quem são as suas referências na comunicação?
Algumas… A Júlia Pinheiro, porque a acho absolutamente maravilhosa na forma de comunicar com o público. Ela consegue ter registos diferentes, sem nunca perder a identidade. Isso e o facto de não ter medo de brincar, quando está no ar. São muito poucas as apresentadoras, que têm essa disponibilidade. A Teresa Guilherme, porque é eficaz, assertiva… A Cristina Ferreira, porque além de a achar muito boa tecnicamente, tem graça. E a Sofia Carvalho. É uma mulher muito bonita, inteligente… que admiro. Desde sempre. Para mim o que elas têm em comum é serem destemidas e únicas. Nenhuma delas é uma cópia de ninguém.
Daqui a dez anos, onde e como se vê?
Não sei! Fazer previsões no estado em que as coisas estão parece-me impossível. Mas, desde que nessa altura esteja com a minha família e amigos, de certeza que me vejo a ser uma pessoa feliz. Estar com as minhas pessoas, vai sempre, mas sempre deixar-me feliz. Seja hoje ou daqui a dez anos. Se for a fazer aquilo que gosto tanto melhor (risos).