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A Entrevista – Michel Teló | The Voice

A Televisão
9 min leitura

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Lançada em 2011, a música «Ai Se Eu Te Pego» ficou em primeiro lugar nas tabelas de vendas em vários países, como Itália e Espanha. A canção ficou popular até na Coreia. O sucesso batia à porta de Michel Teló que, aos 11 anos, já tocava em bailes sertanejos. «Eu nunca podia imaginar que algo assim aconteceria comigo. É inexplicável o sentimento de saber que a minha música chegou a tantos lugares do mundo», desabafa o cantor, que continua em boa fase profissional. Michel Teló é o novo jurado do The Voice Brasil e vai juntar-se aos veteranos Carlinhos Brown, Claudia Leitte e Lulu Santos na quarta temporada.

Como surgiu a oportunidade de integrar o time de jurados da terceira temporada do The Voice Brasil?

Estava no estúdio preparando meu novo DVD, Baile do Teló, que gravei em São Paulo dia 2 de setembro, e fui totalmente surpreendido com a ligação do Creso, diretor do programa. Ele fez o convite e fiquei extremamente feliz. Estar no principal programa de música do Brasil é uma honra, não tive dúvidas em aceitar mais esse desafio.

Sente uma grande responsabilidade por assumir a vaga que foi de Daniel nos primeiros três anos?

Com certeza é uma responsabilidade muito grande. O Daniel é um dos maiores artistas do Brasil, uma pessoa maravilhosa, insubstituível. Vou dar o meu melhor para representar o nosso segmento e valorizar a música da melhor forma.

Se quase todos ali são profissionais, qual é exatamente a função do técnico?

Realmente o nível dos participantes é muito elevado. Nossa função ali é passar um pouco da experiência que temos na estrada, no palco, com o público e até mesmo alguma dica técnica. Queremos só agregar e deixar os candidatos ainda mais preparados.

Como foi o primeiro encontro com a cadeira mágica?

Eu estava nervoso e muito ansioso, mas já fui me soltando e logo de cara tivemos uma apresentação incrível.

Há muito talento no Brasil? Você se tem surpreendido?

A gente tem sido surpreendido com muitas vozes incríveis. Com certeza o público vai se emocionar muito ainda.

O que você leva em consideração ao escolher um concorrente?

Vou virar para quem conseguir tocar meu coração. Música é emoção e o cantor tem que passar isso com a voz. Aqueles que conseguirem passar essa emoção na hora da audição às cegas eu vou virar, independente do género.

Depois da escolha, você pretende trabalhar com os candidatos pensando na carreira que eles podem seguir?

A proposta do programa é sempre testar o candidato, principalmente com outros estilos de música. Mas vou respeitar as preferências de cada integrante da minha equipe e ajudar da melhor forma possível.

Descreva-me a sua relação com os outros jurados: Carlinhos Brown, Claudia Leitte e Lulu Santos.

Eu não poderia ter sido recebido de forma melhor. Tanto os outros jurados, como o Tiago [apresentador] foram muito carinhosos comigo e me receberam de braços abertos. O Tiago, inclusive, foi num show que fiz em São Paulo recentemente. Está sendo uma experiência muito legal.

É realmente um privilégio participar neste programa?

Para mim é uma honra participar de um programa tão legal e que representa tanto para a música brasileira.

Claudia Leitte disse numa entrevista: «Eu espero que Michel perca e eu ganhe de novo». É a sua oportunidade agora de responder à provocação.

Não só a Claudinha, como todos eles têm que tomar cuidado comigo. Eu vim para ganhar e não vou dar mole. [risos]

O The Voice Brasil vai para o ar logo após A Regra do Jogo. Dois grandes programas de TV, não? Você assiste A Regra do Jogo?

Sou noveleiro, mas infelizmente não é sempre que consigo acompanhar as novelas. Na maior parte do tempo estou na estrada, mas sempre que dá vejo alguma coisa.

Sua rotina com o The Voice muda um pouco. Como é essa correria?

Normal. Vamos conciliar as responsabilidades e continuar com o foco na música e nos shows. No máximo, não faremos shows em algumas quintas-feiras de programa ao vivo, mas quem sabe não aproveitamos que estaremos no Rio e já não fazemos um show por lá mesmo, né?

Em que medida esta participação pode influenciar o rumo da sua carreira?

Ser jurado do The Voice só tem a acrescentar na minha carreira, é uma experiência totalmente nova e que estou muito feliz e honrado em ter. Acho que as pessoas vão poder conhecer um outro lado meu e espero que gostem.

Relativamente à sua carreira na música, o que tem feito nos últimos tempos?

Acabei de gravar meu DVD e estamos correndo para lançar o quanto antes. Depois é trabalhar bastante esse produto novo que tá bem legal. Acho que a turma vai gostar, o DVD tem uma parte tecnológica muito boa e estou ansioso para colocar ele na rua.

Você é cantor, compositor, multi-instrumentista e apresentador. Como surgiu o interesse pela música, especialmente pela música sertaneja?

A música surgiu na minha vida muito cedo. Desde pequeno sempre gostei, e pelo meu pai gostar acabei escutando sempre o sertanejo; está nas minhas raízes.

Muitos cantores e artistas atacam o sertanejo, acusando o estilo de ter letras pouco refinadas. Como você reage a críticas como essas?

Eu acho que o Brasil é um país sertanejo. Lógico que é rico em culturas diferentes, mas com a mudança do Brasil rural para o Brasil urbano, a música sertaneja soube acompanhar essa mudança, soube se modernizar e popularizar.

A música sertaneja é realmente mais simples.

É uma música simples, sim, mas que sabe tocar o coração das pessoas. Não é qualquer um que, mesmo fazendo algo mais simples, consegue emocionar as pessoas e levar alegria ao público. O sertanejo tem esse dom. Fazer o simples com categoria não é qualquer um que pode fazer. Meus discos, por exemplo, têm as músicas simples, mas também tem canções com outro tipo de conteúdo que não seja balada, por exemplo. Músicas românticas, modões…

Verdade seja dita. O mega sucesso «Ai Se Eu Te Pego» ficará eternamente na história da música sertaneja.

Não poderia ficar mais feliz e orgulhoso. Tenho um carinho por essa música e por todas as oportunidades que consegui depois do sucesso dela. Eu nunca podia imaginar que algo assim aconteceria comigo. É inexplicável o sentimento de saber que minha música chegou a tantos lugares do mundo, saber que fiz muita gente do mundo todo cantar em português.

Houve muita gente que pensou que você não passaria de um cantor de apenas um hit

É normal as pessoas pensarem assim. Mas eu já tinha uma carreira anterior, com o Grupo Tradição e na carreira solo e consegui manter isso, graças a Deus.

Como você analisa hoje a sua vida?

Não poderia estar mais feliz, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Mas ainda quero conquistar muitas coisas na vida.

Para encerrar, você se sente um homem feliz e completo?

Com certeza. Sou muito feliz com tudo que conquistei e com a minha vida.

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