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A Entrevista «Masterchef» – Joana Jardim

David Soldado
8 min leitura

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Joana Jardim foi a quarta concorrente expulsa do Masterchef Portugal. Ainda que não tenha mostrado todas as suas capacidades, a jovem de 21 anos já tem uma certeza: O futuro passa pela cozinha! Leia de seguida a sua primeira entrevista após a sua eliminação: 

2 A Entrevista «Masterchef» - Joana Jardim

És licenciada na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, mas assumes que a cozinha é uma paixão antiga. O Masterchef foi uma porta que precisavas para seguir o teu sonho?

Sim. Eu não estava à espera de entrar, quando entrei, percebi que era aquilo que eu queria fazer! O facto de ser algo que já vinha detrás, fez com que eu tivesse inscrito. Na verdade, inscrevi-me por o programa me agradar muito. Eu não estava à espera de entrar porque havia muitas pessoas a querer entrar, pensei que não iam ter interesse na minha comida.

Defines-te como calma, serena e excelente comunicadora. Lidaste bem com a pressão do Masterchef?

Não. Agora que estou em casa outra vez, reparo que o método de cozinhar lá nada tem a ver com o método de cozinhar em casa. Durante o programa, sentia uma pressão enorme: a cozinha não era a minha zona de conforto. Foi como se naquela cozinha o tempo passasse de maneira diferente e nós não conseguíssemos fazer as coisas bem. Eu vou seguir a cozinha, mas aquela cozinha em especifico, e o facto de ser um programa de televisão, muda completamente a nossa zona de conforto. Nós estamos habituados a cozinhar em casa, a cozinhar para a nossa família, e ali temos de cozinhar para chefs e para pessoas que sabem aquilo que estamos a fazer.

As câmaras atrapalharam-te?

Eu lidei bem com as câmaras no ponto em que consegui aguentar a pressão ao qual fui submetida. Mas, tenho a perfeita noção que em casa ia cozinhar melhor.

Na primeira prova de exterior, assumiste a liderança da equipa vermelha. É mais fácil ser líder ou essa responsabilidade dispensas? 

Eu estava à espera de outra pessoa para liderar a equipa. No fundo, acho que consegui não ir abaixo. Era isso que estava com mais receio, isto é, começar a chorar, mandar ir tudo embora e desistir. Consegui aguentar até ao fim, mesmo naquela pressão toda que o chef Miguel estava à fazer. Naquele momento, não estava muito preparada, mas no fim, aguentei e conseguimos fazer um bom trabalho. Ganhamos. Eu tinha a perfeita noção que a responsabilidade de perder era minha e que se não conseguíssemos ganhar, provavelmente teria que assumir a derrota e, com isso, ir embora naquela semana.

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Abandonas o Masterchef Portugal na sexta semana. Sais do programa com o dever cumprido?

Não fiz aquilo que devia ter feito, fiz aquilo que estava ao meu alcance. Se me sinto satisfeita e realizada? Não me sinto neste momento em que fui eliminada. Acho que tinha muito mais coisas para mostrar. Eu saio do programa com a cabeça erguida porque no fundo eu fui uma das 15 finalistas e isso é óptimo. Ao mesmo tempo, saio um bocadinho desiludida comigo própria.

O que correu mal?

Tinha uma prova com muito pouco tempo para a realização desta mesma e foi um bocadinho…não foi a pressão, basicamente devia ter feito uma coisa que não fiz que era ligar o fogão enquanto falava com os chefs e eu não fiz isso. Isso fez com que não conseguisse fazer a minha prova no tempo desejado. Eu saio numa prova técnica.

Como é que se reage a uma expulsão? 

Neste parte do programa, já estava a ser afectada pela pressão. Nós estamos a viver em Lisboa, temos pouco tempo para falar ao telefone com os nossos familiares, as gravações exigem muito de nós. São muitas horas a gravar. Para teres uma ideia, para gravar um programa, temos de estar quatro dias a gravar. Isso faz com que o cansaço seja muito e as saudades de casa sejam também muitas. Nas provas em que temos muita pressão, isso afecta-nos e às vezes não conseguimos ter o resultado que nós queremos. Gostava de ter feito um prato em que os chefs dissessem “Wow, ela fez um prato espectacular”.

As saudades da família prejudicaram o teu desempenho?

As saudades da minha família e da minha casa prejudiram um bocadinho. O contacto com a família faz muita falta nestes momentos em que estamos a fazer uma coisa tão importante na nossa vida. O contato era pouco e as saudades afetam não só a mim mas a todos os participantes do programa.

A experiência de conviver e «absorver» o conhecimento dos chefs, sejam eles os jurados como os convidados, é o maior prémio que podes ter?

Sim! Eu nem sei como hei-de explicar, é muito diferente! É quase um prémio estarmos ali na cozinha e sermos um dos 15 finalistas. Eu não preparei para ir para aquela cozinha. Tudo aquilo que eu fiz foi aquilo que aprendi em casa e foi aquilo que eu gosto de fazer e é aquilo que eu quero fazer. Mas, não me preparei de forma alguma para estar num programa de culinária, houve pessoas que sim naturalmente. Se calhar, não estava preparada mentalmente para fazer um programa de televisão.

O programa já estreou na TVI. O que é que o público tem dito do teu desempenho?

Neste momento tenho alguma percepção de que as pessoas gostam de mim cá fora. Acho que na prova do casamento, o facto de não ter desistido e de ter mantido a cabeça erguida até ao fim, as pessoas perceberam que eu não sou assim tão miúda como pensam. É óptimo saber que as pessoas gostam muito de nós.

Quem deve ganhar o Masterchef?

Na minha opinião neste momento seria o Leonel ou a Ann – Kristin. São duas pessoas que até agora têm mostrado muitas capacidades, sobretudo a Ann – Kristin que tem grandes capacidades ao nível de empratamentos.

Uma última pergunta! O teu futuro agora passa por…? 

Espero ser convidada para trabalhar numa cozinha profissional. Mais que fazer programas de televisão e abrir restaurantes, quero aprender. Está completamente decidido na minha vida que a cozinha vai ser o meu futuro profissional. Tenho a certeza absoluta que é isto que eu quero fazer.

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Redactor.