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A Entrevista – João Paulo Sousa

A Televisão
9 min leitura

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João Paulo Sousa, um dos veteranos do atual Curto Circuito, pretende dar um salto na sua carreira. O apresentador mostra-se disponível para apresentar a sexta edição do Ídolos, na SIC. «É um formato que eu gosto muito, se calhar até mais do que o Factor X». No entanto, não sabe se esta é a altura certa para assumir um novo desafio. Confrontado com a pergunta «Não consegues chegar ao escritório da Júlia Pinheiro?», o jovem, que também foi apresentador do Disney Kids, confessa que não tem coragem para falar com a diretora de conteúdos da SIC.

1 A Entrevista - João Paulo Sousa

Estás desde 2012 no Curto Circuito. Que balanço fazes desta experiência?

É a melhor experiência que eu já tive em televisão, principalmente porque todos os dias é tão diferente. Estou muito satisfeito com o meu percurso. Sempre foi um sonho desde puto, quando via o CC no café (porque não tinha televisão por cabo em casa). E hoje, estar aqui, é completamente diferente daquilo que eu alguma vez imaginei, mas está a ser muito mais gratificante.

És um dos veteranos do programa. Sentes uma maior pressão, uma maior responsabilidade?

Sim, principalmente desde que a Maria Botelho Moniz saiu. Basicamente tive que deixar de ser o Júnior (como me chamavam no programa) para passar a ser o adulto… e parece que o programa começou outra vez. Agora é o mesmo programa, todos os dias, mas visto de uma perspetiva diferente. Agora sou mais «eu» que estou a tomar conta. Obriga-me a crescer e a querer mais. E eu tenho vontade de agarrar essa cena, porque houve uma altura quando chegas – e quando era mais novo (entrei com 23 anos) – que apetece ser o «parvalhão», no bom sentido. Mas chega uma altura em que já não faz tanto sentido tu seres o tempo todo só o gajo que diz umas cenas, mas o gajo que também sabe apresentar um programa.

Sentiste a necessidade de mudar um bocadinho o teu registo?

Não houve um dia em que eu disse «a partir de agora vai ser diferente». As coisas vão acontecendo naturalmente. Se calhar já não faz sentido algumas coisas que eu dizia há três anos atrás, quanto entrei. Dizê-las hoje seria um sinal que eu estava exatamente no mesmo sítio e que não tinha evoluído nada.

Se tivesses que destacar um momento no CC, qual é que tu escolherias?

Se calhar foi a primeira entrevista a alguém que eu admirava muito, tipo o Rui Unas, o Nuno Markl… São grandes referências. Foram momentos que eu vou guardar para sempre.

Estava a lembrar-me de um momento muito hilariante, que foi tu recriares o videoclip da Sia («Chandelier»). Podemos esperar mais momentos destes?

Já estou a preparar uma cena. Não é igual nem parecido, mas é nessa onda – de recriação de outras cenas que envolvem basicamente expor-me um bocado sem eu ter medo do ridículo (que é uma cena que eu sempre fiz, só que agora pagam-me para eu fazer).

A Carolina regressou ao programa. Quais são as tuas expetativas?

Eu espero que ela seja tão feliz como já foi aqui. E que os espetadores que não viram a altura em que ela estava cá, porque há sempre novos espetadores a chegar, que possam conhecer a verdadeira Carolina.

Agora com o regresso da Carolina vai haver uma nova fase do CC?

Vai, de certeza. Ela vai obrigar a isso. E essa é a parte boa do CC atual, de ter tantos apresentadores (somos cinco). Cada programa é um programa diferente, cada dupla faz um programa completamente diferente.

Estás a par das audiências? Como é que o programa se tem comportado?

Felizmente já recebi nestes três anos vários emails de melhores audiências dos últimos não sei quantos anos. E são os melhores emails que podes receber, a seguir ao «vais ser aumentado». Quando há [boas audiências], acontece.

Esperas ter o destaque (ou a rampa de lançamento) que muitos dos apresentadores tiveram com o CC?

A verdade é que quando nós pensamos no CC, pensamos no Unas, no Nogueira, no Alvim, no Manzarra… Espero mesmo, senão não estava aqui. Mas sei que é preciso trabalhar muito ainda.

Já tens alguma expetativa em relação àquilo que vais fazer no futuro?

Não sei ainda quando é que vou sair. Tenho ideias sobre o que é que quero fazer. Tenho um espetáculo que este ano vai fazer uma digressão pelo país. É uma coisa que eu gosto de fazer (espetáculos ao vivo). Gostava de voltar a fazer ficção, não sei em que modelos. Mas continuar a apresentar é sem dúvida uma coisa que eu quero fazer, sim, e não no CC para sempre. Um dia vou ter que sair daqui.

Gostavas de apresentar um grande formato, tipo o Ídolos?

Sim, tipo o Ídolos. Mas acho que eles já têm um apresentador fixe. Eu vou deixá-lo fazer, por agora! É a última, Manzarra, está bem? Depois temos que falar [risos]. Não, gostava mesmo. É um formato que eu gosto muito, porque acho muito piada – se calhar até mais do que o Factor X. Gostava de dar esse salto, sim. Não sei se é a altura certa, alguém o vai decidir por mim, porque não posso ser eu a decidir. Não consigo chegar ali à Júlia Pinheiro e à Gabriela Sobral…

Não consegues chegar ao escritório da Júlia Pinheiro?

Consigo, só que vou ser expulso com um chinelo e não é uma cena que me apeteça.

Mas a Júlia é simpática.

A Júlia é muito fixe, mas não tenho coragem de fazê-lo. Quando eu estiver preparado, alguém vai saber que eu estou preparado. E eu vou saber também.

O mundo da televisão é muito competitivo. Achas que tens o teu lugar?

Nada é garantido. Isso é a melhor coisa da televisão e de todos os mundos competitivos, é que nada é garantido.

Mas é o mais assustador também, não?

Também é o mais assustador, mas essa cena do emprego para a vida já acabou. Só a minha mãe é que trabalhou 20 anos no mesmo sítio. Isso assusta-me, mas tenho tanta coisa para fazer. Não vou desistir, não é? Agora estou a lutar por esta, e tenho esta oportunidade. Comecei a trabalhar em televisão porque a minha namorada me inscreveu num casting há oito anos atrás e nunca mais parei. Isso também pode ser um sinal de alguma coisa. Entretanto, claro que procurei formação e fiz a escola de atores. Assusta-me não saber o que é que vou fazer para o ano (assusta-me a sério). Por outro lado, tenho mil e uma coisas que quero fazer. E se não estiver a fazer isto, vou ter tempo para fazê-las.

Se não tiveres lugar no mundo da televisão, estás disposto a voltar ao «mundo real»?

O mundo real não me assusta, em geral. Não pondero, não está sequer nas minhas opções deixar de trabalhar em televisão. Não depende só de mim, vou lutar que nem um cão por esse osso.

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