Assim que terminou a participação no Pequenos Gigantes da TVI, Cifrão partiu logo para outra «gigante» aventura, mas desta vez no Facebook. Sem medo de arriscar, lançou um concurso de dança inédito em Portugal, o Online Dance Challenge. O resultato não podia ter sido mais feliz: os concorrentes superaram as expetativas e deram motivação para Cifrão apostar numa segunda edição. O bailarino esteve à conversa com o A Televisão para falar sobre este e outros projetos.
Online Dance Challenge by Carmex. Um concurso inédito em Portugal…
Foi um verdadeiro sucesso. Tivemos mais 300% de inscrições daquilo que prevÃamos. Isso mostra que os bailarinos, em Portugal, têm vontade de mostrar o seu trabalho.
A dança é bem tratada em Portugal?
A dança está a começar a ser bem tratada em Portugal, mas ainda estamos longe de um bailarino português encher o MEO Arena como figura central do espetáculo.
Modéstia à parte, sentes que és uma das principais referências da dança em Portugal?
Sinto que sou um profissional ligado à dança com visibilidade pública, e isso para mim é uma responsabilidade. Sinto que tenho o dever de fazer alguma coisa para elevar a dança para o patamar merecido.
Nos momentos menos bons, é a dança que te anima?
A dança permite-me extravasar sentimentos, permite dar asas aos meus momentos de loucura… Vai acompanhar-me para o resto da vida.
Houve uma situação anómala no passatempo. Foram detetados votos ilegais em alguns participantes. Ficaste aborrecido com essa situação?
Claro que sim, mas a solução arranjada foi indiscutÃvel. Um júri com currÃculo e experiência inquestionável teve a decisão final. Todos ficaram satisfeitos com a solução, eu inclusive.
Convidaste Gustavo Oliveira, Alberto Rodrigues e Vasco Alves para jurados do concurso. Como é a tua relação com estes três profissionais?
São três bailarinos que admiro pelo nÃvel de dança, pelas conquistas e pelas pessoas que são. São também figuras de proa nas suas áreas de dança. Foram escolhas óbvias para mim.
Como se desenrolou o processo de escolha do vencedor?
A escolha teve quase fases: a fase de inscrição, onde os bailarinos enviavam os vÃdeos; seguia-se a primeira fase, onde passavam à próxima fase dez vÃdeos selecionados pelos jurados; e os dez vÃdeos mais votados, passavam seis, mais seis e no final foi escolhida a vencedora.
O impacto do concurso junto do público foi muito interessante, não só na fase das candidaturas, como na primeira fase de votações. Estavas à espera desta boa receção?
Estávamos a prever uma boa participação, mas as inscrições e a reação do público superaram todas as expetativas.
Quais foram os grandes desafios ao integrares este projeto?
O verdadeiro objetivo foi dar uma oportunidade real aos bailarinos de mostrarem o seu trabalho, para além das suas fronteiras habituais, e de uma forma que consiga cativar uma larga audiência.
Venceu uma rapariga. Que qualidades destacas da Mafalda?
A Mafalda é uma força a ter em atenção nos próximos tempos. Foi ginasta rÃtmica da seleção nacional, o que lhe dá flexibilidade e ritmo, mas tem um feeling natural para a dança, que não é normal para uma rapariga com tão pouco tempo de aulas (menos de um ano). Sinto que a Mafalda vai dar que falar nos próximos anos.
Foi feito um excelente trabalho de promoção.
Sim, conseguimos divulgar o trabalho da Mafalda em vários meios, como o Curto Circuito, RFM e Você na TV!.
Terminado o concurso, consideras que a dança foi levada além das fronteiras habituais?
O objetivo era levar o trabalho dos bailarinos portugueses a um público que ainda não conhece o seu trabalho, e acredito que esse objetivo foi largamente atingido.
Já estás a pensar num segundo Online Dance Challenge?
Sim, já está alinhavado para o próximo ano voltarmos a lançar este desafio aos bailarinos.
Sentiste o apoio da imprensa na divulgação do concurso?
Senti, e acho que a imprensa tem um lugar especial no seu coração para a dança.
Este verão foste professor de dança no programa Pequenos Gigantes. Faz-me um balanço da aventura.
Foi uma experiência única trabalhar com miúdos tão novos mas já com um talento fora do normal. Foi bom ter participado no seu crescimento e poder ter criado as formas com que eles se apresentaram ao público.
Se tivesses o poder de escolher o próximo programa de domingo à noite na TVI, qual seria a tua decisão? Dança com as Estrelas, Pequenos Gigantes…?
[risos] Não sei como responder. Vivo intensamente estes dois programas.
O mundo artÃstico é muito competitivo. É preciso um grande «jogo de cintura» para se sobreviver nesta área. Como é que lidas com o lado negro da tua profissão?
Sou muito poupado. [risos]
Está completamente posta de lado a hipótese de vermos o Cifrão, o Edmundo e o Paulo Vintém a voltarem a pisar o mesmo palco em modo D’ZRT? Quem sabe numa homenagem ao Angélico…
De momento não penso nisso.
Não sentes «borboletas» na barriga quando recordas os bons tempos dos Morangos com Açúcar e pensas «Bolas, o tempo não volta atrás»?
Revejo os velhos tempos com saudade, mas não quero voltar atrás. Olho para o futuro com muita vontade.
Ainda te chamam Zé Milho na rua?
Sim, os Morangos estão a repetir em vários canais, logo o Zé Milho ainda está presente. É bom sinal.
Achas que faz falta uma série juvenil na grelha da TVI?
Sem dúvida alguma, sou o maior apoiante de uma série juvenil fazer parte da grelha da TVI.
Onde é que te podemos encontrar nos próximos tempos?
Para já é segredo…