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10/13 Momentos da TV | 2013

David Soldado
4 min leitura

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Ficção de luxo em busca de audiências

Foi em 2012 que a SIC conseguiu destronar a hegemonia da TVI na ficção nacional com a liderança indiscutível de Dancin’Days. A fim de manter estas audiências, por vezes «explosivas», desde cedo a estação de Carnaxide preparou a sua sucessora que viria a ser escrita uma vez mais por Pedro Lopes.

Uma das críticas feitas pelos telespectadores à ficção da TVI foi que a mesma apostava sempre nos mesmos rostos para os núcleos principais das tramas. Posto isto, a SIC apostou tudo e conseguiu reunir um elenco de luxo, conseguindo «roubar», inclusive, nomes consagrados à concorrência como Maria João Luís, Rita Blanco, João Perry por aí fora. A juntar a isso, Joana Ribeiro voltou a ser aposta do canal, depois de ter sido considerada a revelação de 2012 na ficção por muitos.

Marcado o mês pelas estreias da SIC, o canal estreou Sol de Inverno em setembro de 2013, precisamente na altura que Dancin’Days estava a poucos dias de se despedir dos portugueses. A nova trama deu à SIC a melhor estreia de uma novela desde há doze anos, não dando hipóteses à concorrência nos seguintes dias. Situação que veio alterar-se com a estreia de Belmonte, novela da TVI.

Com a perda da liderança no horário nobre, primeiramente na primeira faixa e depois nas restantes da noite, a TVI resolveu utilizar a mesma estratégia que fez da estação a líder no mercado televisivo há nove anos atrás. Estou a falar das adaptações estrangeiras. A estação de Queluz de Baixo apostou numa adaptação chilena que viria a conseguir reunir nomes há muito não vistos na televisão portuguesa. Filipe Duarte e Joana Solnado foram exemplos disso.

Com estreia prevista para dia 23 de setembro, precisamente uma semana depois da estreia da SIC, a TVI antecipou a concorrência e emitiu a ante-estreia no dia anterior. Mesmo a lutar contra Sol de Inverno que vinha de uma semana na liderança absoluta, Belmonte conseguiu liderar sem problemas. Facto que não veio a repetir-se nos episódios seguintes. Porém o primeiro objectivo foi cumprido. A presença da novela na programação fez subir as audiências na primeira faixa do horário nobre que vinham a ser decrescentes com as apostas sucessivas no entretenimento (OK KO e Gang dos Cotas). O segundo também. Belmonte fez baixar as audiências da recém aposta da SIC na ficção. E agora, o terceiro objectivo parece que torna-se cada vez mais uma realidade: a partilha da liderança. Apesar desta liderança, não esquecer o facto que a TVI, uma vez mais, não aboliu a sua política e fez empurrar a sua novela para as 23 horas onde tornou-se o produto líder no horário.

Regresse amanhã para o décimo primeiro momento que marcou a televisão portuguesa no ano entretanto já findado.

Redactor.