A transmissão dos jogos do Mundial 2014 que este ano se realiza no Brasil foi a principal aposta da RTP para o mês de junho. No entanto, a aposta do canal estatal não valeu à estação a liderança nas audiências, o que aconteceu pela última vez em junho de 1994( só existem audiências oficiais desde 1999), há precisamente 20 anos, segundo apurou a edição desta semana a Correio TV junto de fonte do canal liderado pelo presidente Alberto da Ponte.
No entanto, a transmissão das partidas do campeonato dedicado ao desporto rei valeram à televisão pública a vice-liderança e o melhor resultado da era GfK, números que António Beato Teixeira, administrador da RTP, explicou à Correio TV: «Face ao mês anterior (14,9% share), o canal público cresce 4,8 pontos percentuais (+32%). Em horário nobre, a RTP 1 (21,4% share) conquista, igualmente, a melhor quota de mercado da era GfK. Face ao mês anterior (14,5% share), esta performance revela um crescimento de 48% (mais 6,9 pontos percentuais)», disse.
Na leitura destes resultado o responsável admite que o Mundial «contribuiu para esse crescimento» mas «há que salientar, que o crescimento no mês de junho acentua a tendência verificada durante o primeiro semestre de 2014 em que a RTP fecha com 15,8% share, crescendo 1,8 pontos percentuais face ao semestre anterior (14% share) e 3,7 pontos percentuais em comparação com o homólogo de 2013 (12,1% share)», refere Beato Teixeira que destaca ainda uma tendência que se estende ao resultados semestrais do horário nobre. «A RTP 1 totaliza 15,3% share, crescendo 25% (mais 3,1 pontos percentuais) face ao semestre anterior (12,2% share) e 61% (subida de 5,8 pontos percentuais) em comparação com o primeiro semestre de 2013 (9,5% share)».
Apesar da RTP 1 ter ficado a 2,1 pontos percentuais da liderança conquistada pela TVI pelo 95º mês consecutivo entre os canais generalistas o administrador considera, em declarações à publicação do grupo Cofina, que «estes números, quer de junho, quer do primeiro semestre revelam que a RTP está no bom caminho, conquistando, com as limitações que lhe são impostas, audiências e as preferências dos espectadores».
