Depois de recentemente ter afirmado que deseja avançar com uma telenovela para a estação pública, o diretor de programas voltou a falar sobre o tema, em declarações aos jornalistas na grande final de A Voz de Portugal. A Televisão estava lá e conta-lhe tudo.
Questionado sobre como estava este projecto, Hugo Andrade afirmou: “A novela low-cost é mais do que um objectivo de programação, é um desafio que nós fazemos à indústria, para tentarmos perceber se em tempos de crise é possível manter a criatividade com outros condimentos, naturalmente, com outro valor”, começa por dizer, acrescentando em seguida: “nós temos estado a trabalhar nisso, não é uma prioridade da nossa grelha, a prioridade da nossa grelha será sempre o prime-time e será sempre cumprido aquilo que são as nossas obrigações claras de serviço público que vêem no contrato de concessão, a novela não é uma delas, mas dar trabalho aos atores portugueses e aos técnicos portugueses é. Portanto, nós preferimos, sempre que tivermos possibilidade, de substituir conteúdo feito nos outros países por conteúdo feito em Portugal, tentaremos fazê-lo, se tivermos essa capacidade. Uma novela feita em Portugal é claramente mais cara do que uma novela importada”.
Com esta grande vontade e apesar de não ser a prioridade, o responsável admite que o projecto já está em fase de crescimento “temos estado a fazer esse trabalho, é um trabalho completamente de secretária, que andamos com os guionistas a escrever guiões, a orçamentar em cima dos guiões, e posso-vos dizer que já fizemos aqui um longuíssimo percurso e uma evolução muito grande e que já estamos a chegar a valores que podem fazer com que a novela em Portugal, seja em que canal for, não só na RTP, tenha muitos anos de vida e de boa vida, portanto é mais um objectivo de antecipação do que é que pode ser o futuro do que um grande projecto para a grelha de setembro ou de janeiro.”, finalizou.
