Há quase três meses à frente da programação da televisão pública, Hugo Andrade dá a primeira entrevista desde que assumiu o cargo à edição desta semana da revista TV 7 Dias.
Nesta conversa, o responsável abordou os conteúdos que o canal que dirige pode apresentar: “Cabe tudo em televisão. Há uma coisa de que não abdico: seja qual for o formato, tem de revelar um enorme respeito pelos telespetadores e participantes. Bons ou maus, não se ridiculariza ninguém ou brinca em excesso com as emoções das pessoas prefiro priveligiar o talento do que o resultado. Digo isto sem querer parecer simpático, mas o José Fragoso tinha um posicionamento com que eu concordo – não existe espaço na RTP para reality-shows. Não faz sentido! Já quanto às novelas tenho uma ideia diferente: ele defendia que não deveria haver novelas em prime time, o que subscrevo, mas entre brasileiras e portuguesas… prefiro uma portuguesa. Mas não é, para mim, uma prioridade. A SIC e a TVI fazem muito bem as novelas”, defende o irmão de Serenella Andrade.
Quanto às alternativas que a RTP poderá seguir, o diretor de programas foi perentório: “Nós temos outras coisas para fazer e isso passa pelos vários tipos de ficção. Ou fazemos nós… ou ninguém faz. Penso que é por aí que temos de seguir, pois é na complementaridade e diversidade de oferta que apostamos. Temos de ter ficção histórica, mas contemporânea e até experimentalista, dar oportunidade aos novos atores”, finalizou.