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Revolta. Comissão de Trabalhadores da RTP exige explicações sobre caso Carlos Daniel

Duarte Costa
2 min leitura

A Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP enviou esta segunda-feira, dia 14, uma carta para o Conselho de Administração e para o Ministério da Cultura a solicitar que sejam esclarecidos os contornos que envolveram a transferência de Carlos Daniel da estação pública para o canal de desporto da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

De acordo com o documento, a CT pretende ter acesso “aos pedidos e processos de licença sem vencimento de trabalhadores deferidos e indeferidos dos últimos quatro anos, bem como a sua motivação”. Ao mesmo tempo, é solicitado o “acesso ao protocolo, memorando ou contrato, bem como documentação similar, que estabeleça a colaboração entre a RTP e a FPF”.

A revolta da Comissão de Trabalhadores surge na sequência das notícias que foram veiculadas pela imprensa e que dão conta de que, afinal, Carlos Daniel não abandonou a estação pública de rádio e televisão de modo definitivo, mas sim após ter acordado com Gonçalo Reis, presidente da administração da RTP, a obtenção de uma licença sem vencimento, garantindo desse modo ao jornalista, de 49 anos, a hipótese de regressar ao canal assim que o entendesse.

Logo após o estalar da polémica o canal explicou que foi assinado entre a RTP e a FPF “um memorando que envolve a criação e promoção de conteúdos, partilha de direitos, meios e recursos e ainda o acesso recíproco aos arquivos”, sendo que “Carlos Daniel saiu da RTP para a FPF com base neste acordo entre duas instituições de interesse público” e que o “facto de um grande jornalista e apresentador de televisão como o Carlos Daniel não sair em definitivo da RTP é positivo” para a estação.