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«Príncipes do Nada»: Apresentadora vive drama de «ser albino» em Moçambique no episódio de estreia

David Soldado
2 min leitura

Catarina Furtado está de regresso à RTP 1 com uma nova temporada de Príncipes do Nada. Já são mais de dez anos de programa que volta agora com um  novo parceiro, o Instituto Camões, e novas histórias de pessoas que trabalham diariamente pela melhoria do mundo nas mais diversas áreas.

No primeiro episódio, Catarina Furtado, a par da sua equipa,  viaja até Moçambique onde ser albino é viver com medo da discriminação, da violência e de ser raptado. Os mitos associados à falta de pigmentação na pele têm ditado o aumento dos casos de perseguições e assassinatos de pessoas com albinismo. O corpo inteiro de uma pessoa albina pode valer 75 mil dólares. Em Nampula, a apresentadora conhece Pedro, um dos fundadores da associação Amor à Vida, criada em 2014 depois do desaparecimento do jovem César, irmão de Pedro, ambos albinos. O programa acompanhará, em Xai-Xai, o admirável trabalho desta associação junto de famílias que vivem em comunidades mais isoladas e pobres, onde o nascimento de um filho albino pode levar a situação de abandono e a um maior risco de rapto ou perseguição.

Ainda na Província de Gaza comprovou-se a importância da mensagem que os representantes da Amor à Vida transmitem através de palestras de sensibilização em escolas para desmistificar o albinismo e acabar com o preconceito. Numa breve passagem pelo Hospital Central de Maputo, Catarina Furtado assistiu ainda à intervenção cirúrgica a uma jovem de 21 anos que, à semelhança do que acontece à maioria dos albinos, sofre de cancro da pele. Os cremes protetores são indispensáveis, mas demasiado caros neste país. A Associação Amor à Vida tem hoje mais de 700 associados e luta diariamente, com muitas dificuldades, pela proteção dos albinos e pela defesa dos seus direitos. Estreia dia 5 de janeiro de 2017, às 21 horas. 

 

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