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«Príncipes do Nada»: Conheça os projetos do episódio desta semana

David Soldado
4 min leitura

Catarina Furtado regressou à antena da RTP 1 no passado mês de janeiro com a quarta temporada de Príncipes do Nada. Agora com um novo parceiro, o Instituto Camões, o programa volta à televisão portuguesa com diferentes histórias de pessoas que trabalham diariamente pela melhoria do mundo nas mais diversas áreas. O novo episódio, que esta semana viaja até Moçambique e Timor-Leste, é transmitido esta quinta-feira, dia 9 de março, a partir das 21 horas.

Esta semana, a primeira paragem é em Moçambique, onde o Fundo das Nações Unidas para a População – do qual Catarina Furtado é embaixadora de Boa Vontade – tem implementado o programa Ação para as Raparigas Adolescentes. Nas províncias de Nampula e Zambézia, centenas de raparigas entre os 10 e os 24 anos estão a beneficiar deste projeto, cujo objetivo é assegurar o acesso à saúde sexual e reprodutiva. Neste sentido foram criados os Serviços Amigos dos Adolescentes e Jovens, que prestam aconselhamento técnico aos jovens e disponibilizam métodos contracetivos.

São dramáticas as estatísticas de gravidez e casamento precoce, pelo que é urgente atuar. Esperança foi mãe aos 15 anos, sozinha, e é uma das meninas que o programa protege. Tem contado com o apoio de Edma, uma das jovens mentoras formadas pelo projeto para consciencializar estas meninas vulneráveis sobre os seus direitos. Bettina Maas, representante do UNFPA em Moçambique, garante que vão beneficiar deste programa um milhão de raparigas. Todas as jovens que frequentam o programa são Raparigas Biz, uma expressão que sugere uma juventude “busy”, ativa na procura de respostas para as suas necessidades.

Em Timor-Leste, na Ilha de Ataúro, a equipa de Catarina Furtado é surpreendida pela Boneca de Ataúro, uma cooperativa de mulheres que costuram à mão diferentes artigos e que encontram aqui a sua forma de subsistência e valorização pessoal. Para muitas, este é o primeiro emprego. Maria do Céu Lopes da Silva, conselheira da ONU, é a cara da luta pela condição da mulher timorense e conta que há mesmo quem só venha à ilha porque quer ver a boneca feita com os tecidos da terra. Este projeto sustentável começou há cerca de uma década pela mão da suíça Ester Piera, que investiu na mulher timorense, ensinando-lhe a arte de costurar.

A cooperativa começou com quatro trabalhadoras, mas emprega agora mais de 60 mulheres, como Basília, que assim garante o sustento de toda a sua família. A totalidade dos lucros da cooperativa reverte para as funcionárias deste projeto, que também dispõe de um restaurante e de um pequeno hostel. Ao longo dos anos, a cooperativa tem contado com vários apoios, entre eles do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua. Hoje, enfrenta novos desafios: corre o risco de ser desalojada, o que, acontecendo, irá pôr em causa a vida destas mulheres e respetivas famílias

Redactor.