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«Príncipes do Nada»: Apresentadora conhece novos casos de esperança no episódio desta semana

David Soldado
4 min leitura

Catarina Furtado está de volta à antena da RTP 1 para mais um episódio da quarta temporada de Príncipes do Nada que, este ano, conta com um novo parceiro, o Instituto Camões. Esta quinta-feira, dia 16 de março, a apresentadora viaja até São Tomé e Príncipe e Guiné Bissau para conhecer novos casos de esperança.

Em São Tomé e Príncipe, com mais de metade da população a viver abaixo da linha de pobreza e muitas comunidades com dificuldades de acesso à Saúde e à Educação, é muito frequente raparigas de 14, 15 e 16 anos engravidarem. Deixam de ir à escola assim que a barriga se faz notar, ficam dependentes dos companheiros e, em pouco tempo, tornam-se mães de quatro e cinco filhos, com graves dificuldades de subsistência. Resgatar as mulheres deste ciclo, encorajá-las e prevenir que as adolescentes de hoje sigam esse modelo são algumas das prioridades diárias do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP).

Neste programa, Catarina Furtado acompanha a equipa dirigida pelo médico santomense José Manuel Carvalho. Conhece, na capital, uma escola gerida por freiras que dá oportunidade a raparigas e mulheres de estudar, mesmo que estejam grávidas ou que vivam situações familiares complicadas ou, ainda, que já tenham ultrapassado a idade escolar. Segue-se uma viagem para o distrito de Caué onde é visitado o centro de saúde de Angolares, que recebe casos de mulheres que são mães antes dos 18 anos. Paula tem três filhos e foi brutalmente espancada pelo marido por fazer contraceção. Atenta à importância da informação na educação de rapazes e raparigas, a enfermeira Beth trabalha há muitos anos na sensibilização de adolescentes. Na Escola Secundária de Angolares, Catarina Furtado partilha a sua experiência e ouve as opiniões de vários alunos e alunas.

A próxima paragem é Guiné-Bissau, onde a taxa de mortalidade em crianças até aos 4 anos está entre as piores do mundo: 55 mortes por cada 1000 nascimentos. A mortalidade materna traduz também números gritantes já que, no geral, os partos não têm a devida assistência. O projeto Tabanka Ku Saudi, da organização não governamental VIDA – Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento Africano -, é apoiado pelo Camões, Instituto da Cooperação e da Língua e atua há mais de 20 anos na Guiné, onde reforça o sistema de saúde. O principal objetivo é reduzir as taxas de mortalidade materno-infantil, que está a ser cumprido com a ajuda dos mais de 700 agentes de saúde comunitária formados pela VIDA. Ragildo Nanque é um deles. Tem 28 anos e vive na aldeia de Quissete, região de Biombo. Ragildo visita diariamente cinco famílias para promover, por exemplo, a amamentação exclusiva ou a utilização de latrinas. A Guiné-Bissau defronta-se também com a questão da vacinação e má nutrição nas crianças, que o projeto “Estratégia Avançada” tenta combater.

Redactor.