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Nuno Santos proibido de entrar nas instalações da RTP

David Ferreira
3 min leitura

Nuno Santos Nuno Santos Proibido De Entrar Nas Instalações Da Rtp

Suspenso que está das suas funções enquanto jornalista na RTP, o exdiretor de informação, está agora também impedido de entrar nas instalações da estação pública, naquele que é mais um episódio da batalha começada pelas alegadas imagens brutas cedidas pela RTP à PSP.

Segundo notícia do semanário Expresso, a abertura do processo disciplinar a Nuno Santos levou à interdição de entrada das instalações da RTP. a proibição manter-se-á até ao desfecho do processo, que possivelmente levará ao seu despedimento, dias depois de ter dito na comissão de inquérito da Assembleia da República, que a sua demissão foi promovida pela administração da RTP e pelo ministro Miguel Relvas, que tutela a comunicação social, que alegadamente, se sente desconfortável com a linha editorial da estação.

No comunicado emitido ontem pelo ex-responsável, “Durante os dias que antecederam a minha ida à Comissão de Ética da Assembleia da República fui recebendo indicações de que era politicamente imperioso mover-me o processo que agora surge. O facto de não me ter conformado com o sumário julgamento feito em praça pública pelo Conselho de Administração da RTP, na conclusão do qual resultava claro o sinal de que, se eu ficasse calado, não haveria consequências disciplinares, foi determinante no desfecho que agora se deu”. Adianta ainda que “as declarações que prestei no Parlamento, ao abrigo da liberdade de expressão que pensava ser um direito conquistado em Portugal com a Revolução de Abril, foram o miserável pretexto para este processo. Dei já instruções ao meu advogado para analisar a notificação de suspensão tendo sido claro que prepararei, sem desfalecimentos, a defesa da minha honra e do meu bom nome”.

Num já longo processo de litígio,a demissão de Santos  seguiu-se à alegada cedência das imagens brutas da manifestação de 14 de novembro, cedidas pela RTP à PSP, com a administração da empresa a instaurar um inquérito interno, no qual ficou alegadamente provado que foi o agora exdiretor de informação, o principal responsável, naquilo que se constituiu como uma “violação dos direitos liberdades e garantias”, e uma “falha grave” na relação de confiança entre a direção e o conselho de administração, liderado por Alberto da Ponte. Pelo meio, o ex-adjunto Luís Castro, que teria cedido o gabinete para a visualização das imagens, negou qualquer envolvimento, e o que restava da equipa de Santos, foi exonerada e Paulo Ferreira, até aqui editor de economia, nomeado novo diretor de informação da televisão pública.

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