Morreu o pai de Catarina Camacho, apresentadora da RTP

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A triste notícia foi revelada pela própria Catarina Camacho na noite desta quinta-feira.

Catarina Camacho está de luto. O pai da apresentadora da RTP perdeu a vida há uns dias, “sem aviso“, num “só sopro“, segundo foi informado pela própria na rede social Instagram. Concretizou-se, assim, um dos maiores medos de um e de outro.

Ele tinha medo de morrer. Eu não lhe dizia, mas o meu maior medo era que ele morresse. Lembro-me de ser pequena, de acordar a meio da noite sempre com a mesma preocupação. Estaria a dormir? Ia silenciosamente até ao quarto dele e assegurava-me que respirava. Depois, acabava por adormecer de cabeça encostada ao peito“, confessou.

Leia aqui o desabafo de Catarina Camacho:

«Ele tinha medo de morrer. Eu não lhe dizia, mas o meu maior medo era que ele morresse. Lembro-me de ser pequena, de acordar a meio da noite sempre com a mesma preocupação. Estaria a dormir? Ia silenciosamente até ao quarto dele e assegurava-me que respirava. Depois, acabava por adormecer de cabeça encostada ao peito, embalada pelo ritmo daquele coração atlético (na altura).

Sou filha única. Fui claramente a menina do papá. Serei sempre. Com o passar do tempo a inocência própria das crianças vai-se perdendo e a vida deixa de se apresentar “tão mágica”. Verdade?

Sempre tivemos muitas discussões, daquelas feias onde se escolhem palavras más e erradas. “Lá estão vocês com esses feitios de leões orgulhosos”, dizia a minha mãe. E depois, com o mesmo coração de leão, desmanchávamo-nos em sorrisos e de abraço apertado fazíamos as pazes. “Tréguas até à próxima briga”, rematávamos em tom de brincadeira.

Uma coisa é certa, ainda que por caminhos tortos nunca deixámos nada por dizer. E o nosso coração ficava limpo e sereno. Se nesta vida nós escolhemos os nossos pais… Então a minha missão com ele foi claramente ser mais mãe do que filha (dizia ele e sentia eu).

Ele tinha tanto medo de morrer. Eu tinha tanto medo que ele morresse e não lhe dizia. Dá-me a mão. E assim ficávamos até o medo passar. Ele tinha medo de morrer… E morreu. Morreu sem mim, sem mãos dadas a ninguém, sem aviso. Foi-se. Num só sopro. O meu pai morreu. Morreu o meu pai. Pai, tu morreste mesmo? (Tenho que repetir isto muitas muitas vezes porque, dias depois, ainda me custa a acreditar).

Se ainda tens os teus por perto, não percas tempo. Perdoa de verdade, abraça com alma, diz, pergunta, faz, escreve, telefona. Não deixes para depois. O depois pode não chegar para tudo.» (Catarina Camacho)

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