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Miguel Relvas diz «Não» a uma possível fusão da RTP com a Lusa

A Televisão
3 min leitura

Miguel Relvas

Miguel Relvas descartou por completo a ideia de uma possível fusão entre a RTP e a Agência Lusa, mas referiu que apesar de permanecerem separadas institucionalmente, as duas empresas vão continuar a trabalhar juntas na luta pela promoção e defesa da língua portuguesa.

No final de uma visita à delegação internacional da RTP, em Maputo, o Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares foi questionado pela Lusa sobre uma suposta união dos dois órgãos de comunicação social do estado: «Lusa é Lusa, RTP é RTP. Bem separados, bem diferentes, juntos a defender a língua portuguesa», disse.

O Ministro que tem a tutela da comunicação social voltou a frisar junto das entidades moçambicanas que: «para o governo português, a aposta na RTP África e RTP Internacional é uma realidade». Miguel Relvas afirmou que: «a Administração da RTP está a trabalhar nesse sentido. É para nós decisivo, até porque estamos a falar de uma televisão que é vista não só nos países de língua portuguesa mas em toda África».

A visita oficial a Moçambique tem a duração de três dias e até lá, Miguel Relvas vai aproveitar a estadia para reunir-se com os seus homólogos, assinar programas de cooperação, participar na homenagem ao ex-futebolista Mário Coluna, mas uma das maiores apostas desta visita será a possibilidade de «aprofundar a cooperação» com o canal público moçambicano (TVM), a nível da produção de conteúdos, com ajuda da RTP.

«Está na hora de valorizar, de apostar mais nos conteúdos produzidos em Moçambique, Angola. Já há muitos conteúdos neste momento produzidos em Cabo Verde. Mas queremos ir mais longe. É uma afirmação da cultura lusófona a existência da RTP África», em declarações à Lusa, defendeu a necessidade de Portugal cooperar com os países do continente africano, que falam português, na produção dos seus próprios conteúdos.

Miguel Relvas garantiu que: «a RTP África é uma aposta para o governo, como é para a própria empresa». Acabou por destacar o prestígio que a televisão tem por estes dias: «em toda África e não só nos países de língua portuguesa». «A RTP África não é uma televisão de Portugal, é uma televisão de todos aqueles que falam português e de todos aqueles que têm uma visão de proximidade com África. É uma televisão global, que um moçambicano pode sentir-se detentor da RTP África, como um português o faz, ou um cabo-verdiano ou angolano», referiu.
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