Quatro meses depois de gravar os últimos episódios de ‘Inesquecível’, o apresentador, de 75 anos, está de regresso ao ativo. O anúncio foi feito pelo próprio através de um texto que partilhou na rede social Facebook.
No passado dia 10 de março gravei os dois últimos ‘Inesquecíveis’, até ao desconfinamento/descobrimento de hoje. Há cinco meses que não vestia um fato, não punha gravata, não calçava sapatos de pele”, começou por escrever o profissional de televisão.
Entretanto, gravou mais dois episódios. Vão “ser transmitidos a partir de 12 de setembro”. “Correram tão bem que nem dei nota de falta de treino”, explicou.
O regresso foi marcado, também, por medidas de segurança que têm de ser cumpridas. “Só tirei a máscara quando entrei em cena e voltei a pô-la quando saí do estúdio. Sem pessimismo, creio que, para mal dos nossos pecados, a realidade não irá mudar muito quando estes programas forem para o ar”, confessou.
Sem saber quando é que a pandemia vai dar tréguas, continuou: “O mais importante será o dia em que este vírus da desesperança seja erradicado de vez do nosso país. O slogan ‘Vai ficar tudo bem’ é um slogan, talvez um propósito de muitos crédulos, mas a humanidade está assim para ficar cada vez mais na mesma”.
À primeira vista, o discurso do apresentador aparenta ser “destrutivo”, mas este rejeita essa teoria. “Não estou a escrever um texto destrutivo, nem estou a dizer que as caixas multibanco se vão recusar a dar-nos o que nos pertence, mas neste cansaço de dois programas seguidos, só preciso de desfalecer num sofá”, desabafou ainda Júlio Isidro.