Júlio Isidro recorda Maria Barroso: “O mundo há de um dia ser melhor como ela sonhava”

3 min leitura
Facebook

Júlio Isidro lembrou Maria Barroso, esta quinta-feira, no dia em que se passaram sete anos desde a morte da antiga primeira-dama.

“Passaram sete anos. Ao fim de uma semana de dúvida, mas ainda de esperança, o país entristeceu. A ex-primeira dama, senhora de cultura, pedagoga, atriz, divulgadora das artes e lutadora pelas causas da liberdade e dos direitos de cidadania, deixava-nos. Maria Barroso cumpriu a sua própria profecia. Pouco tempo antes, dizia que sabia que o fim estava próximo. Partiu num dia feliz quando partilhou uma festa num dos seus grandes projetos de vida, o Colégio Moderno”, recordou.

“Deixou um mundo que acreditava que um dia seria melhor. Levou esse sonho através de uma ação constante até ao fim. Deu a sua voz generosa à poesia e aos poetas porque, para ela, só um país culto é um país livre”, continuou.

“Tive a oportunidade de me cruzar com Maria Barroso diversas vezes. Pensava televisão e a influência negativa ou positiva, desta arma de comunicação, sobre o público e dizia-o… na televisão. Estávamos do mesmo lado da barricada do serviço público”, revelou Júlio Isidro.

“Quando há alguns anos o programa Quarto Crescente, que falava de cultura e entretenimento de forma linear e acessível, foi extinto por razões que o meu pudor ainda hoje me impede de relatar, Maria Barroso foi a última convidada. Não sabia que era a emissão derradeira. Quando me despedi, cortou-me delicadamente a palavra para dizer: – Então este programa acaba? Porquê? Há por aí tanta coisa que não presta e este vai-se embora. Boa sorte, Júlio“, contou o carismático apresentador da RTP.

“Vou tentando fazer jus às minhas convicções e agradecendo a sorte de continuar ainda vivo e ativo. Consagrei, há cerca de dez anos, a Maria de Jesus Barroso Soares um Inesquecível onde a revimos e ouvimos contar a sua maravilhosa vida. Muito obrigado pela admiração e carinho que tinha por mim. O mundo há de um dia ser melhor como a senhora sonhava”, almejou, por fim, Júlio Isidro.

Leia também: Júlio Isidro: “Não é difícil morrer nesta vida… Viver é que é mesmo muito difícil”

Exit mobile version