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Júlio Isidro recorda Maria Barroso: “O mundo há de um dia ser melhor como ela sonhava”

Duarte Costa
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Júlio Isidro lembrou Maria Barroso, esta quinta-feira, no dia em que se passaram sete anos desde a morte da antiga primeira-dama.

“Passaram sete anos. Ao fim de uma semana de dúvida, mas ainda de esperança, o país entristeceu. A ex-primeira dama, senhora de cultura, pedagoga, atriz, divulgadora das artes e lutadora pelas causas da liberdade e dos direitos de cidadania, deixava-nos. Maria Barroso cumpriu a sua própria profecia. Pouco tempo antes, dizia que sabia que o fim estava próximo. Partiu num dia feliz quando partilhou uma festa num dos seus grandes projetos de vida, o Colégio Moderno”, recordou.

“Deixou um mundo que acreditava que um dia seria melhor. Levou esse sonho através de uma ação constante até ao fim. Deu a sua voz generosa à poesia e aos poetas porque, para ela, só um país culto é um país livre”, continuou.

“Tive a oportunidade de me cruzar com Maria Barroso diversas vezes. Pensava televisão e a influência negativa ou positiva, desta arma de comunicação, sobre o público e dizia-o… na televisão. Estávamos do mesmo lado da barricada do serviço público”, revelou Júlio Isidro.

“Quando há alguns anos o programa Quarto Crescente, que falava de cultura e entretenimento de forma linear e acessível, foi extinto por razões que o meu pudor ainda hoje me impede de relatar, Maria Barroso foi a última convidada. Não sabia que era a emissão derradeira. Quando me despedi, cortou-me delicadamente a palavra para dizer: – Então este programa acaba? Porquê? Há por aí tanta coisa que não presta e este vai-se embora. Boa sorte, Júlio“, contou o carismático apresentador da RTP.

“Vou tentando fazer jus às minhas convicções e agradecendo a sorte de continuar ainda vivo e ativo. Consagrei, há cerca de dez anos, a Maria de Jesus Barroso Soares um Inesquecível onde a revimos e ouvimos contar a sua maravilhosa vida. Muito obrigado pela admiração e carinho que tinha por mim. O mundo há de um dia ser melhor como a senhora sonhava”, almejou, por fim, Júlio Isidro.

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NÃO UM ADEUS DISTANTE, OU UM ADEUS DE QUEM NÃO TORNA CÁ, NEM ESPERA TORNAR.UM ADEUS DE ATÉ JÁ….( de um dos sonetos…

Posted by Julio Isidro on Thursday, July 7, 2022