No programa Edição Especial: Eleições na Grécia da RTP Informação, José Manuel Pureza, comentador convidado, teceu duras críticas, em direto, à cobertura da campanha para as eleições gregas, classificando-a de «momentos» pautados de «grande infelicidade». O comentador destacou a reportagem de José Rodrigues dos Santos transmitida no Jornal da Tarde do dia 24 de janeiro, no qual retratava o povo grego como sendo um grupo de «paralíticos» que através de «subornos aos médicos» conseguiam obter uma «certidão fraudulenta de deficiência que lhes permitem ter mais um subsidiozinho».
Em declarações ao Diário de Notícias, José Rodrigues dos Santos defendeu-se das críticas: «Foi dito alguma coisa que é falsa? Ou só se podem dizer coisas com que os políticos concordem?». O jornalista ainda acrescentou: «Não cabe aos jornalistas deixar de falar da grande ou da pequena corrupção porque este ou aquele político não gosta. Há quem não goste que se fale do ex-ministro da Defesa preso por corrupção no negócios dos submarinos. Azar, porque eu falo».
Embora José Rodrigues dos Santos não tenha problemas em falar sobre o que é inconveniente sobre os políticos, José Manuel Pureza considerou o trabalho do jornalista «insultuoso» e «deselegante» para com o povo grego. «Serviço público é outra coisa», acrescentou.
