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Henrique Oliveira sobre «Mulheres de Abril»: «É um retrato social de Portugal»

A Televisão
4 min leitura
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Henrique Oliveira ao centro acompanhado por Mário Augusto e Anabela Teixeira

Henrique Oliveira é o autor e realizador  da minissérie de 5 episódios, Mulheres de Abril, um retrato da produtora HOP encomendada pela RTP para assinalar o aniversário dos 40 anos do 25 de abril de 1974. Uma história que vai além da efeméride e se propõe a fazer um retrato histórico e sociológico da sociedade portuguesa que será emitida de 21 a 25 de abril na televisão estatal.

«A série não é verdadeiramente sobre o 25 de abril. É sobre gerações de mulheres, de uma família grande que veio de Carrazeda de Ansiães para o Porto, portanto são varias gerações que atravessaram naturalmente o 25 de abril. E nós contamos uma história que tem a ver também com a condição feminina do antes e depois do 25 de abril», começa por contar Henrique Oliveira ao aTV, durante a apresentação da série que decorreu na cidade Invicta e onde aproveitou para reforçar o ponto de vista informal da perspetiva feminina.

«É também uma história de amizade das duas protagonistas, uma história que se atravessa desde os anos 70 até agora e portanto temos um enfoque da série que é muito mais do ponto de vista mais social mas também, naturalmente, temos um episódio que retrata essas personagens no 25 de abril. Uma história contada do ponto de vista de mulheres e de mulheres do Porto e tudo isso faz uma diferença muito grande em relação a história que tem vindo a ser contada», disse o realizador que invoca as memorias da época quando com 17 anos viveu também ele a Revolução do Cravos. «Na verdade aqui no Porto foi um bocadinho, quer dizer, nos íamos sabendo, íamos tentado perceber o que é que aconteceu, mas não aconteceu nada de muito especial. Não foi um dia absolutamente diferente dos outros, mas o dia decorria também e é interessante perceber que para além da história oficial houve um 25 de abril no resto do pais, se calhar menos intenso mas não menos importante».

Para o também fundador da produtora responsável pela trama protagonizada por Mariana Monteiro os portugueses podem esperar episódios pitorescos carregados de um forte componente de relações humanas. «Acho que é uma série muito intensa do ponto de vista de emoções. Acho que o facto de ser contado no feminino propicia isso, é uma série acima de tudo de emoções, de relações, de acontecimentos», contou Henrique Oliveira ao nosso site considerando ainda a música como um importante complemento na hora de recriar ambientes: «Uma série que as pessoas vão ver com gosto vão recordar apontamentos e memórias do antes e depois do 25 de abril. É uma historia também musical, nós fazemos também aqui um balanço interessante, até através da música, do que se ouvia nestes anos. É um retrato social de Portugal», concluiu.

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