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Festival da Canção 2018: «Canção do Fim» suspeita de plágio

David Ferreira
4 min leitura

Festival da Canção (FdC) sem polémica não seria festival e a de 2018 estará encontrada. O vencedor da 2ª semifinal do certame deste ano, com a música «Canção do Fim», composta e interpretada por Diogo Piçarra está a ser acusado de plagiar um tema da IURD, de 1979.

A acusação foi lançada ontem, durante o dia, e compara o tema português com a música «Abre os meus Olhos», do Pastor Walter, que por sua vez é uma versão do original de Bob Cull, «Open Your Eyes».

O finalista da edição deste ano do FdC reagiu ainda durante o dia à polémica, afirmando que «A ideia para a “Canção do Fim” surgiu em 2016», e que «a minha consciência está tranquila na medida em que eu próprio sou quem está mais surpreendido no meio disto tudo: nasci em 1990, não sou crente nem religioso, e agora descobrir que uma música evangélica de 1979 da Igreja Universal do Reino de Deus se assemelha a algo que tu criaste, é algo espantoso e no mínimo irónico. Desconhecia por completo o tema e continuarei a defender a minha música por acreditar que foi criada sem segundas intenções», disse o cantor em comunicado publicado na sua página de Facebook, lamentando ainda que a internet seja «o verdadeiro juíz dos tempos modernos. Aclama mas também destrói».

Comunicado “Canção do Fim”

“A simplicidade tem destas coisas e só quem não cria arte é que nunca estará nesta posição. Faz parte da vida de um compositor e é algo que todos nós iremos “sofrer” a vida toda.

A ideia para a “Canção do Fim” surgiu-te em 2016, juntamente com muitas outras do meu mais recente disco “do=s”. Mantive-a guardada por achar algo especial, no entanto, a sua simplicidade e a sua progressão de acordes não é algo que não tenha sido inventado, tal como tudo na música.

E é engraçado como a vida tem destas coisas, coincidência divina ou não, e perceber que a Internet é o verdadeiro juíz dos tempos modernos. Aclama mas também destrói.

A minha consciência está tranquila na medida em que eu próprio sou quem está mais surpreendido no meio disto tudo: nasci em 1990, não sou crente nem religioso, e agora descobrir que uma música evangélica de 1979 da Igreja Universal do Reino de Deus se assemelha a algo que tu criaste, é algo espantoso e no mínimo irónico. Desconhecia por completo o tema e continuarei a defender a minha música por acreditar que foi criada sem segundas intenções.

Como disse, a simplicidade tem destas coisas, e as melodias na música não são ilimitadas. Nunca participaria num concurso nacional com a consciência de que estava a plagiar uma música da Igreja Universal. Teria agarrado na guitarra e feito outra coisa qualquer.

Afinal as pessoas “quando olham, vêem tudo”, no entanto, só o lado mau que procuram destruir. Mas, infelizmente, informo que isso nunca acontecerá.”

Sobre a polémica, a RTP emitiu, no Telejornal da noite passada, uma peça sobre o alegado plágio e assegurou que a Direção de programas está a acompanhar a situação.

Oiça os temas em questão:

Música de Diogo Piçarra


Temas alegadamente plagiados:

 

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