Exclusivo aTV: Carla Ribeiro feliz com participação em “A Voz de Portugal”

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Participou no Chuva de Estrelas e depois de vários anos decidiu voltar a participar num talent-show musical. Depois de ser eliminada nas Batalhas, acabou por conquistar uma segunda oportunidade do público português e acabou por conquistar o segundo lugar da equipa de Anjos. Logo após a semi-final de A Voz de Portugal, Carla Ribeiro esteve à conversa, em exclusivo, com o A Televisão e falou sobre esta experiência e sobre o que pretende fazer no futuro.

“Não, não foi como morrer na praia.”, começa por dizer a cantora, acrescentando: “É assim, competir numa equipa com a quantidade absurda de vozes boas que nós tínhamos nos Anjos, porque eu, sinceramente, acho que era a equipa mais forte, seria sempre um risco. Eu quando escolhi esta equipa, não tinha noção de que o Ricardo estava cá. Se tivesse, se calhar não tinha optado pela equipa, porque já sabia que ele era um concorrente fortíssimo e com um grande movimento ainda de fãs do Ídolos, que é muito mais recente do que os meus eventuais fãs do Chuva de Estrelas. E, portanto, já existiam redes sociais, já existia muito mais divulgação, o Ricardo tem muito mais capacidade de penetração nesses meios, exactamente por estar muito mais recente na cabeça das pessoas”

Apesar de se despedir a uma semana da grande final, Carla Ribeiro sai de cabeça erguida: “Qualquer um de nós, nesta fase, é vencedor. Nós estamos numa semi-final. Se eu pensar que cheguei às batalhas com catorze pessoas, fui expulsa, repescada e agora sou a segunda, acho que só tenho é que estar feliz, por ter tido a oportunidade de mostrar, estas semanas registos tão diferentes às pessoas e agora só espero que haja compositores e produtores que queiram trabalhar com todos nós, uns mais do que outros, com certeza, porque há identificações musicais diferentes e registos diferentes, mas agora é a altura para trabalhar. É pegar nisto e fazer qualquer coisa.”

E é precisamente no “pós-Voz de Portugal” que a cantora está focada: “Eu estou confiante de que eu vou fazer qualquer coisa. Não sei se vai aparecer alguém ou não, existem várias pessoas que já me contactaram e que estão interessadas em fazer um teste. Ver se funcionamos bem em conjunto ou não, mas eu própria também tenho alguns projectos antigos que gostava de recuperar que gostava de recuperar, que acho que ainda são válidos, que ainda são atuais e que nunca foram editados e, eventualmente agora se calhar é a altura para de eu conseguir os apoios para o fazer que eu nunca tive, tentar pôr essas coisas na rua, de uma forma rápida, de uma forma célere, para as pessoas poderem ouvir coisas originais da Carla Ribeiro e não só covers.”, afirma

Todavia, Carla Ribeiro está ciente das dificuldades que o mundo da música inclui. “Eu acho que é assim as pessoas deveriam, em primeiro lugar, perceber uma coisa: o mundo musical português é um mundo muito complicado, porque nós não temos, efectivamente, cultura de compra de discos, principalmente os nacionais, e temos pouco dinheiro para gastar nisso, também, portanto, é muito complicado sobreviver da música com uma carreira em que se possa fazer só aquilo, como os Amor Electro estão agora a fazer. Mas os Amor Electro até são um bom exemplo, porque eles tinham uma banda de bar, que eram os XLFemme (com os mesmos elementos dos Donna Maria), onde a Marisa cantava e que durante anos foi o sustento da Marisa e dos músicos que trabalhavam com ela. O que é importante é que nós continuemos a trabalhar, se vamos ter mais divulgação, menos divulgação, um projecto maior, maior abrangência, menor abrangência, isso só o tempo o dirá. Mas, o que me interessa a mim é parar de fazer o que eu estava a fazer agora como actividade de suporte económico e passar a viver novamente da música, porque acho que todos já perceberam que é isso que eu gosto de fazer. É ali que eu me sinto bem, aquela é, efectivamente, a minha praia e a minha casa e é muito bom ter um programa como estes que nos permite voltar a fazer isto, porque eu andava afastada da televisão e afastada de tudo isto, sim, andava lá nos coros atrás e tal, a fazer o meu trabalho, que é tão digno como estar à frente. E acho que o que as pessoas têm que perceber é que nós trabalhamos muito e queremos muito viver disto, muitas vezes não temos a visibilidade necessária, o que não quer dizer que não estejamos a trabalhar, estamos é a trabalhar em projectos onde temos menos janela”.

A terminar, Carla Ribeiro deixou uma palavra de apreço para Carlos Coelho, que muitos conhecem como letrista de temas que marcaram o Festival da Canção nos últimos tempos, casos de Senhora do Mar, Canta por Mim ou mais recentemente Sobrevivo, e que foi um dos mais incansáveis apoiantes da intérprete durante esta participação na Voz de Portugal. “O Carlos Coelho é um amigo que já trabalhou comigo e que conhece a minha voz, que conhece o meu valor como cantora”, explicou.

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