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Estrela da RTP1 recorda infância no Parque Mayer! Estreia foi há quase 40 anos

Duarte Costa
3 min leitura
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Assinalou-se esta segunda-feira, 1 de junho, mais um Dia Mundial da Criança. Nas redes sociais, várias celebridades, já bem adultas, decidiram partilhar fotografias da infância e alguns desabafos. Fernando Mendes foi uma delas.

O apresentador de ‘O Preço Certo’, da RTP1, recordou os tempos em que, ainda muito jovem, passou horas no Parque Mayer, em Lisboa. “Ali fui levado ao colo pelos grandes atores, beijocado no colo das coristas, protegido pelas pessoas mais importantes do teatro”, lembrou.

E foi ali, também, que se estreou como ator há quase 40 anos: “Devo tudo ao lugar onde cresci, a quem insistiu que eu crescesse ali. A quem me fez crescer. E ao público, que se perguntava ‘quem diabo é aquele puto à solta?’. Até descobrirmos, se calhar ao mesmo tempo, que esse puto sou eu (…) E, fora o peso, estou tal e qual como o miúdo que primeiro ali chegou”.

Leia aqui o texto completo:

Dos dias em que eu era criança: estrebuchei na Damaia, cresci em Paço de Arcos e amadureci na Parede. De qualquer maneira, o meu parque infantil foi sempre o mesmo: o Parque Mayer.

Ali fui levado ao colo pelos grandes atores, beijocado no colo das coristas, protegido pelas pessoas mais importantes do teatro: o homem do ponto, o que apontava os holofotes, o que puxava as cordas. Lembro-me do caminho, de estar sentado ao joelho do ponto a meio do palco, na caixinha à boca de cena. De ele lembrar o texto aos atores mais esquecidos, enquanto tentava que eu não caísse do joelho dele lá para baixo no fosso.

E de depois ficar maior em tamanho e trocar o ponto pelo outro fosso, o da orquestra, onde escolhia o assento onde estivesse o instrumento que fizesse mais barulho. E depois ao lado do palco, a segurar o copo de água que o meu pai Vítor vinha beber de cansado. E assim que me começo a habituar à plateia, lá tenho de ir para o palco, agora como ator. Faz tarda nada 40 anos da estreia.

Mas não me esqueço dos dias em que eu era criança, dos barulhos de festa, da confusão do Ribeira Brava, de entrar em todos os quatro teatros do Parque Mayer como se fosse o mais pequenino dos VIP’s. E se calhar era eu. Devo tudo ao lugar onde cresci, a quem insistiu que eu crescesse ali. A quem me fez crescer. E ao público, que se perguntava ‘quem diabo é aquele puto à solta?’. Até descobrirmos, se calhar ao mesmo tempo, que esse puto sou eu.

E, fora o peso, estou tal e qual como o miúdo que primeiro ali chegou. O Dia da Criança? Este dia também me pertence“.