Ontem através de um comunicado do Ministro Adjunto Poiares Maduro foi revelado que o Governo colocaria em prática o pedido de destituição da atual administração da RTP feito pelo CGI (Conselho Geral Independente). Isto surgiu na sequência de uma longa polémica que envolveu os dois órgãos.
Hoje a ERC vem dar razão à administração da RTP na aquisição dos direitos da Liga dos Campeões e, sobretudo, na não ingerência do CGI em matérias de cariz programático da estação pública. «Não cabe ao Conselho Geral Independente (CGI) definir os conteúdos a incluir nas grelhas de programas do operador público», refere a ERC em comunicado transcrito pelo Expresso. De facto, essa ingerência configuraria uma «grave violação da independência e autonomia editorial».
Assim, a ERC esclarece as competências do CGI: «esgotam-se na emissão de pareceres não vinculativos sobre a criação de novos canais ou sobre a introdução de alterações significativas aos já existentes».
Este parecer da ERC surge na sequência de um pedido efetuado por cinco diretores da estação pública que solicitaram uma «intervenção urgente da ERC», nomeadamente o diretor de informação da RTP, José Manuel Portugal, o diretor de programas, Hugo Andrade, o diretor de informação da RDP, Fausto Coutinho, e ainda o diretor de programas da RDP, Rui Pêgo, e o diretor da RTP2, Elísio Oliveira.
