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Diretor de Informação da RTP acredita que « questão das audiências não é fundamental e imprescindível»

A Televisão
3 min leitura

Jose Manuel Portugal

A RTP Informação estreou ontem uma nova grelha onde constam novidades como  notícias de hora a hora em blocos de dez a doze minutos e às meias horas com blocos de cinco a seis minutos.  Mudanças que na voz do diretor de informação da RTP aconteceram «depois de uma longa introspecção» para que a estação pública  esteja «mais próximo das pessoas».

Em entrevista ao jornal i, José Manuel Portugal deixa o mote: «Vamos fazer um canal mais de informação do que um canal de notícias», e explica as mudanças na programação: «Assim, a cada hora, o espectador pode ter 15 a 20 minutos de notícias, em blocos que vão chamar-se mesmo Notícias com a excepção do jornal das 21h que continuará a chamar-se Grande Jornal e o bloco da meia-noite que se chamará, como sempre, Jornal das 24. No miolo do dia temos outros conteúdos com aproximação regional», conta.

Para o responsável da informação do canal estatal  não se faz «televisão só a pensar nas pessoas de Lisboa» mas sim  nos «portugueses em geral» e realça a importância de jornalismo feito para os habitantes de todas as cidades: « Temos na RTP o Portugal em direto, o único programa em canal aberto que dá uma especial atenção ao país e às regiões. Esta aposta vai agora passar também para a RTP Informação com o programa Eixo Norte-Sul, também apresentado pela Dina Aguiar», justifica.

«Temos uma estratégia para fazer da RTP Informação um canal útil aos portugueses e, para isso, vamos ter conteúdos ligados à justiça, ao serviço público, à ciência e à tecnologia. O compromisso da direção de informação é com os portugueses» disse o diretor de informação que desvaloriza as audiências. «O nosso objetivo é fazer sempre melhor e a questão das audiências não é fundamental e imprescindível. Fazemos televisão para sermos vistos mas não é uma obrigação. Trabalhamos mais para as consciências e menos para as audiências», garante.

Confrontado com as metas avançadas pelos responsáveis da estação pública que impunham  os 22% de quota de mercado para os canais do universo RTP até janeiro de 2015, José Manuel Portugal garante que os números não definem o seu trabalho e da sua equipa. «É uma meta que vai difícil de alcançar, mas não tem de ser encarada como um fim. Não temos de estar completamente obrigados a isso, pensando que se não acontecer somos degolados ou decepados. É sempre bom termos metas e objetivos ambiciosos para atingir mas não é isso que move o nosso trabalho», conclui.

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