Catarina Furtado apresentou nesta quarta-feira, dia 30, o relatório deste ano do Fundo de População das Nações Unidas. Segundo a embaixadora, os números encontrados são preocupantes e é necessário agir para os alterar.
“O relatório «A Situação da População Mundial» deste ano do Fundo de População das Nações Unidas, organismo do qual sou Embaixadora de Boa Vontade há já 22 anos, numa missão de vida voluntária, reúne os dados mais recentes sobre gravidez não planeada e o seu impacto nas sociedades, países e no desenvolvimento global”, começou por escrever na rede social Instagram.
“O relatório explora as condições do mundo real que estão ligadas às gravidezes não intencionais, incluindo pobreza, níveis mais baixos de escolaridade e participação no mercado de trabalho e exposição à violência e coerção. O relatório também analisa as razões para o não uso de contracetivos e conclui que, ao contrário do esperado, a falta de conhecimento e de acesso já não são a explicação mais prevalente para esse não uso e descontinuação”, continuou.
“Em vez disso, as respostas apontam o medo e a possibilidade de efeitos colaterais, o sexo pouco frequente e a oposição de outras pessoas como as causas principais. O estigma e a desigualdade de género são as razões mais evidentes que não possibilitam às mulheres ter autonomia nas suas próprias escolhas. Por fim, o relatório destaca os impactos intergeracionais duradouros das gravidezes não planeadas”, acrescentou ainda Catarina Furtado.
“Apresentei hoje, ao lado de Monica Ferro, Alice Frade e do presidente do Camões, I.P., e é um grito de alerta para uma crise global invisível que perpetua a pobreza e o não desenvolvimento. A minha experiência no terreno a ouvir raparigas e mulheres em diferentes contextos e países, confirma, infelizmente, todos os números que envergonham, do relatório. É urgente a ação! Tod@s junt@s!”, alertou.
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