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Catarina Furtado: “Há oito anos que não se regista uma redução da mortalidade materna”

Há "cerca de 800 mulheres a morrer todos os dias por razões associadas à gravidez e parto".

Duarte Costa
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Catarina Furtado utilizou a rede social Instagram, esta quarta-feira, para partilhar alguns dados recolhidos pelo UNFPA no Relatório sobre População e Desenvolvimento, divulgado esta quarta-feira.

Tenho um sorriso porque, apesar dos dados recolhidos pelo UNFPA no Relatório sobre População e Desenvolvimento, hoje [quarta-feira] apresentado em todo o mundo, acredito que vamos fazer MAIS e MELHOR pelas pessoas deixadas ainda MAIS para trás, cujos direitos têm sido sistematicamente violados, esquecidos, ignorados: as raparigas e as mulheres“, começou por escrever.

Haja vontade política e investimentos na igualdade de género e na saúde e direitos sexuais e reprodutivos, essenciais para garantir um futuro mais justo e com retornos económicos significativos“, apontou.

Catarina Furtado mostrou ainda alguns dados do relatório: “A taxa de gravidez não intencional caiu quase 20%; mais de 60 países aumentaram o acesso ao aborto seguro; mais de 160 países aprovaram leis contra a violência doméstica; duplicou o número de mulheres que usam contraceção; e desde 2020 as mortes maternas diminuíram 34% e a taxa de gravidez adolescente caiu um terço“.

Deixou ainda o alerta de que o “progresso não foi suficientemente rápido, nem chegou a todas as pessoas“, dado que “a violência baseada no género continua em todos os países; desde há oito anos que não se regista uma redução da mortalidade materna e, num número alarmante de países, as taxas estão mesmo a aumentar – são cerca de 800 mulheres a morrer todos os dias por razões associadas à gravidez e parto e quase todas essas mortes são evitáveis; um quarto das mulheres não pode dizer NÃO a sexo com o marido/ parceiro; cerca de metade das mulheres não pode tomar decisões sobre a sua saúde e 1 em cada 10 não pode escolher métodos contracetivos“.

E qual é a causa? Catarina Furtado sublinhou que é a desigualdade. “As diferenças de poder e de oportunidades relacionadas com género, situação económica, etnia, orientação sexual e deficiência, são barreiras que limitam drasticamente as escolhas. A verdade é que sabemos como fazer diferente. É querer fazer com empatia!“, afirmou.

Leia também: Catarina Furtado assinala Dia Mundial da Voz: “A nossa voz é um eco dos nossos valores e das nossas lutas…”

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