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Catarina Furtado com António Guterres: “Temos de reunir esforços, recursos e vontades”

Duarte Costa
3 min leitura
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Catarina Furtado esteve com António Guterres, na Universidade de Lisboa, esta quinta-feira. O secretário-geral da ONU foi distinguido com um prémio de 25 mil euros que vai ser doado ao Conselho Português para os Refugiados.

António Guterres e Catarina Furtado, dois ícones portugueses da luta pelos direitos humanos, encontraram-se em Lisboa nesta quinta-feira. O momento foi destacado pela apresentadora da RTP na rede social Instagram.

Sou há 22 anos, com muito orgulho e sentido de compromisso, Embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População. Já trabalhei, voluntariamente, debaixo da alçada de três Secretários Gerais da ONU. É de facto uma honra ter António Guterres com o atual SG“, destacou.

Hoje, a propósito do Prémio da Universidade de Lisboa que lhe foi entregue, tive a oportunidade de poder ter um encontro privado. Manifestei a minha preocupação porque, apesar dos avanços e histórias de sucesso, é urgente sublinhar a importância de reunir esforços, recursos e vontades para alcançar os três zeros que fazem a diferença nesta caminhada coletiva até 2030: zero mortes maternas; zero necessidades não resolvidas de planeamento familiar; zero formas de violência baseada no género“, enumerou.

Com especial atenção para a Mutilação Genital Feminina que continua a matar e condenar ao sofrimento e discriminação muitas meninas e mulheres, por exemplo, na Guiné-Bissau; os casamentos Infantis no Brasil e em Moçambique; a não escolarização de meninas e mulheres que é transversal à maioria dos países, incluindo os lusófonos, e que conhece hoje novos cenários como o Irão; mas também a Violência Doméstica e a Violência Sexual que afetam meninas, jovens e mulheres em todo o mundo, em cenários de paz e guerra“, descreveu.

Catarina Furtado revelou ainda que apelou a António Guterres que “continue a usar a sua voz e diplomacia de influência no sentido de proteger as pessoas em situação de maior vulnerabilidade: as meninas, as raparigas e as mulheres vítimas de todas as formas de violência e discriminação com base no género e desvalor social“.

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