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Bruno Nogueira recusou fazer nova série de «Último a Sair»

A Televisão
3 min leitura

Numa altura em que prepara um novo programa para a televisão do estado, o conhecido humorista revela, em grande entrevista à Notícias TV desta semana, que preferiu fazer uma segunda série de Último a Sair.

Questionado se sentiu alguma pressão para fazer uma nova temporada deste formato, que foi um sucesso, sobretudo ao nível das redes sociais, Bruno Nogueira explica: “Não. Se sentisse essa pressão não faria nada em televisão durante muito tempo. O Último a Sair preenche tudo aquilo que me agrada em televisão, os argumentistas, os atores, a realização, a produção. Aquilo completa-me muito, mas não dá para ficar agarrado a uma coisa de que me orgulho sempre. Nunca a vou menosprezar, mas há outros caminhos a seguir.”, começa por dizer, ressalvando que: “o mais fácil seria fazer uma segunda edição do Último a Sair, mas tal como aconteceu com Os Contemporâneos ao fim de três séries, chega a uma altura em que, se achas que não consegues fazer melhor do que foi feito, mais vale deixá-lo sobreviver e ficar na memória assim do que estragar o que já foi feito.”

Ainda assim, o humorista admite que o público lhe pediu uma nova série de Último a Sair: “Sim, era o que a maior parte das pessoas queria que eu fizesse. Foi precisamente por isso que me afastei, inconscientemente, da ideia. Se era aquilo que se estava à espera, é porque o caminho não era por ali.”

A terminar, Bruno Nogueira confessou que guarda memórias “muito boas” do programa: “Foi uma época em que ia enlouquecendo porque tinha muito trabalho. Estávamos a escrever durante a semana e ao fim de semana e filmávamos todos os dias. Fomos escrevendo o programa ao longo do tempo em que o programa ia para o ar. Tínhamos um rumo mais ou menos estabelecido, mas percebemos que havia pessoas que conhecíamos menos bem e que podiam dar muito mais ao programa. Era escrito em cima do acontecimento. Quando escrevemos o último episódio, num hotel, lembro-me que a última linha do último episódio foi escrita às 04.00 da manhã e às 08.00 íamos começar a gravar. Íamos chorando de dor e de alívio ao mesmo tempo (risos). Conseguimos desconstruir o que é a televisão e a comédia com este formato. O elenco era impensável e conseguiu casar muito bem.”

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