‘Até Que a Vida Nos Separe’, a série da RTP, uma produção da Coyote Vadio, alcança feito inédito na ficção nacional: pela primeira vez a Netflix adquire um conteúdo português para estreia a nível global.
A Coyote Vadio e a RTP fecharam um acordo inédito em Portugal ao celebrarem com a Netflix o licenciamento da série Até Que a Vida Nos Separe para distribuição mundial. É a primeira vez que uma grande plataforma de streaming adquire um conteúdo português para estreia a nível global em cerca de 198 países.
“É fantástico ver esta série da equipa da Coyote Vadio, um projeto de ficção inovador na escrita e na estética, ser reconhecido desta forma a nível internacional. Temos a noção de que o mercado televisivo português é pequeno e a nossa capacidade de investimento limitada. Só com a circulação das nossas produções nacionais por mercados exteriores relevantes, conseguiremos materializar a nossa ambição de criar em Portugal séries originais de qualidade, capazes de atrair o interesse de centenas de milhares de portugueses através da RTP1 e da RTP Play, mas também de chegar a muitos milhões de espetadores estrangeiros em todo o mundo, como acontecerá agora com a Netflix”, afirma José Fragoso, diretor da RTP1.
Esta conquista com a série Até Que a Vida Nos Separe é a confirmação do trabalho que a RTP tem vindo a desenvolver com diferentes produtores independentes ao nível da produção de ficção nacional. Como também, um sinal inequívoco do reconhecimento da qualidade de produção e do talento existente em Portugal, quer ao nível das equipas criativas quer da interpretação, e da potencialidade de conquista de mercados internacionais. A comprovar a clara aposta da Netflix temos a realização da primeira coprodução de uma série portuguesa e, agora, a compra de um conteúdo português para estreia a nível mundial.
Para Andreia Esteves e Manuel Pureza, da Coyote Vadio, “desde o primeiro momento, sabíamos que estávamos perante uma daquelas raras oportunidades que surgem no meio da ficção. Tudo parecia uma tempestade perfeita: do argumento à equipa, da música ao elenco. Tínhamos a nosso favor o facto da RTP confiar na Coyote Vadio e nas suas opções estéticas, artísticas e de produção, neste que era o primeiro projeto de uma série de ficção da nossa produtora. Quando a série terminou percebemos que havíamos conquistado o reconhecimento do público e que tínhamos de continuar. Movidos por essa vontade chegámos aqui, ao inédito momento em que a Netflix Internacional reconhece o valor do que fizemos em conjunto, Coyote Vadio e RTP, e assume o interesse de estrear a série em todo o mundo, de forma entusiasmada. De repente, são 75 atores e uma equipa inteira de profissionais que veem o seu talento numa montra que chega a muitos milhões, duma forma que não encontra qualquer precedente na ficção nacional e que deve não só ser celebrado como igualmente reconhecido e valorizado. O que nos motivou e continua a motivar é a vontade de continuar a história que nos apaixonou”.
Até Que a Vida Nos Separe de autoria de João Tordo, Tiago R. Santos e Hugo Gonçalves e realização de Manuel Pureza, junta nos principais papéis Rita Loureiro, Dinarte Branco, Henriqueta Maya, José Peixoto, Madalena Almeida e Diogo Martins. A série conta-nos a história da família Paixão, uma família real e que pode ser próxima de todos nós, onde três visões diferentes de viver o amor se manifestam através das diferentes gerações desta família. Entre elas há um compromisso com o amor e com o casamento, quanto mais não seja pelo negócio da família, a organização de casamentos, ainda que os Paixão andem à procura de finais felizes quando o amor insiste em pregar rasteiras.
A estreia na plataforma internacional será no próximo dia 10 de fevereiro, dia em que passará a estar disponível em 198 países, num momento totalmente inédito no panorama audiovisual português.
Leia também: Série sobre Georgina Rodríguez na Netflix gera reações hilariantes
