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Artesão. Sílvia Alberto apresenta novo programa na RTP1

A Televisão
7 min leitura
RTP

Sílvia Alberto traz-nos uma versão moderna das artes tradicionais. O novo programa da RTP1 estreia esta quinta-feira, 24 de outubro, às 22h30.

O vintage está na moda… Esta é uma frase que atualmente ouvimos, até com alguma regularidade. E é bem verdade.

Não se pense que, apesar de estarmos na era dos computadores e da produção massificada, os produtos mais tradicionais e de qualidade são desvalorizados. Estes voltaram a conquistar o seu lugar no gosto dos portugueses e a ser uma referência para muitos estrangeiros.

Assim, é importante passar o conhecimento de séculos de algumas das artes tradicionais que não se pode perder e que urge passar às novas gerações. É este o objetivo do programa o Artesão, o novo desafio de Sílvia Alberto para ver à quinta-feira à noite na RTP1.

Para Sílvia Alberto, “O Artesão é um projeto único, feito por pessoas comuns que decidiram mudar de vida ou que a vida os obrigou a esta mudança. São histórias de famílias com legados únicos e de famílias que se procuram reconstruir. É também um programa de emoções e de superação.”

A partir desta quinta-feira, e ao longo de 10 semanas, Sílvia Alberto dá-nos a conhecer o quotidiano de uma nova geração de artesãos (aprendizes) e seus Mestres. Em o Artesão vamos seguir o dia a dia de cinco Mestres artesãos apaixonados e altamente especializados que dedicaram toda a sua vida à sua arte e que tudo farão para a manter viva!

Os nossos Mestres aceitaram o desafio e fomos recrutar e treinar uma nova geração de artesãos.

O Artesão é um programa que visa evidenciar a cultura, as artes e as tradições estimulando os mais jovens porque o futuro está na sabedoria dos Mestres e na mão dos jovens artesãos.

No programa de estreia vamos conhecer os nossos Mestres:

ARTIMÚSICA

MESTRE MANUEL CARVALHO

  • Aprendeu a arte de construir cavaquinhos com o avô. Com 9 anos começou a ajudar o avô na oficina. Conta que quando tinha fome se punha à porta da oficina e o avô dizia-lhe que se queria comer tinha de o ajudar. E assim foi ganhando o amor pela arte. Apesar de já estar reformado, o Mestre Manuel continua a supervisionar todo o processo de produção dos instrumentos e a ensinar a arte a todos os que chegam para trabalhar. Todo o trabalho é artesanal, com a exceção do corte das madeiras.

ESCOVARIA BELMONTE

RUI RODRIGUES

  • O Rui aprendeu a arte com o seu sogro que já faleceu. É um negócio de família com cerca de 90 anos. Há 37 anos que estão na Rua de Belomonte. Naescovaria trabalham ainda Fátima, a empregada mais antiga, a esposa Olinda e o filho Sérgio, a 4ª geração da família. Produzem escovas com pelos de porco, de cabra, crinas de cavalo, e outros materiais. Escovas para roupa, sapatos, vassouras, para máquinas industriais, entre outras. Diz-se que é única no país e talvez na Península Ibérica onde se fazem todo os tipos de escovas. Há quem diga que as vassouras voadoras de Harry Potter foram inspiradas nas da escovaria de Belomonte.

OLARIA PATALIM

RUI SANTOS

É o oleiro mais novo de S. Pedro do Corval. A Olaria é uma herança de família, que já vem desde o seu trisavô. Rui afirma que o negócio da Olaria é rentável e que 80% do seu trabalho é para exportação. Trabalham 8 pessoas na olaria: 2 nas rodas e as outras 6 distribuídas pela pintura, forno e embalamento. A Olaria tem áreas grandes, está bem arranjada. Tem também um museu que está fechado ao público porque foi vandalizado e o Rui ainda não teve coragem de o reabilitar. Fala com tristeza das peças do seu avô que foram destruídas.

PALMA ALGARVIA

MARIA JOÃO GOMES

  • É natural de Oeiras mas os avós eram naturais de S. Brás de Alportel onde se estabeleceu há alguns anos.  Com as memórias da sua avó sempre presentes, decidiu aprofundar os seus conhecimentos na empreita da palma algarvia. Com persistência conseguiu absorver os conhecimentos dos que ainda conhecem a arte.  Nem todos tinham vontade de partilhar as várias técnicas das empreitas da palma algarvia. Muitas vezes vai para junto dos mais velhos para trabalhar, as conversas inspiram-na. Criou a marca Palma Dourada e todos os artigos são produzidos de forma artesanal. Desde a “apanha” da palma, a secagem, a cor, até à linha que utiliza para cozer, que também feita a partir da palma algarvia. Atualmente é uma das poucas, senão a única a saber particamente todas as técnicas da empreita da palma. Adora ensinar e é muito solicitada para dar workshops.

CUTELARIA

PAULO TUNA

  • Recorda-se da sua primeira navalha que lhe saiu numa rifa, oferecida pelo seu avô. Um dia quis oferecer uma navalha ao seu avô e comprou uma. Reparou nas imperfeições do fabrico da mesma e decidiu ir à fábrica onde eram produzidas para perceber o processo de fabrico. Ficou amigo do proprietário e durante algum tempo aproveitou para absorver todos os conhecimentos, em troca de ideias para o desenvolvimento de novas facas. Vive nas Caldas da Rainha desde 1995, quando ingressou no curso de Escultura na Escola Superior de Arte e Design das Caldas, onde ficou a trabalhar durante 15 anos como como  auxiliar dos alunos de artes plásticas e design industrial. Como sempre teve o fascínio pelas facas e pelo fogo, nos tempos livres aproveitava para fazer lâminas. Há uns anos decidiu dedicar-se exclusivamente a cutelaria e abriu a sua oficina.
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