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Após críticas de Clara de Sousa, José Rodrigues dos Santos reage: “Ninguém vai obrigado”

A Televisão
4 min leitura

Clara de Sousa confessou que não deseja ser enviada especial da SIC à Ucrânia e que “não faz sentido um pivô ir cobrir uma guerra”. José Rodrigues dos Santos já reagiu.

José Rodrigues dos Santos já reagiu às críticas de Clara de Sousa sobre a Guerra. A jornalista confessou, durante uma entrega de prémios, que venceu na categoria de Jornalismo, que não deseja ser enviada especial da SIC à Ucrânia ou aos países fronteiriços.

Não gostava. Eu não sou repórter de guerra. E também acho que as pessoas não podem ir de ânimo leve para este tipo de palcos. As pessoas devem estar onde são mais necessárias. Se eu sou necessária no estúdio para ‘distribuir jogo’, obviamente que são os meus colegas que têm mais treino em cenários de guerra que devem ir para lá”, declarou, acrescentando: “Isto de estar num palco de guerra não é uma coisa simples. As pessoas têm de perceber que, além de arriscado, há regras a cumprir, há treino que é necessário ter, experiência necessária. Devem ir os melhores, que já têm muita experiência.

Clara de Sousa aproveitou para lançar farpas aos colegas que estão no local da guerra. “Não faz sentido um pivô ir cobrir uma guerra. Fazer o quê? Fazer aquilo que as outras pessoas fazem, que é meter os seus pivôs a 500 quilómetros de onde as coisas estão a acontecer? Para isso não me parece que valha muito a pena. Acho melhor estarmos cá”, atirou a pivô do ‘Jornal da Noite’.

José Rodrigues dos Santos reage às declarações da jornalista. “Desconheço as declarações em causa e o seu contexto, pelo que não faz sentido comentá-las“, atira em declarações à Tv Guia.

O jornalista da RTP explica a razão do canal público, o ter mantido em Lviv. “O que posso dizer em termos gerais sobre Lviv é que, estando a RTP coberta em Kiev, fazia todo o sentido estarem Lviv. Isto por duas razões. A primeira é que Lviv era o epicentro do êxodo massivo de deslocados de guerra, acontecimento de grande gravidade que requeria cobertura imediata. A segunda é que, nos primeiros dias de guerra, supunha-se que, pelas suas características, a invasão russa se destinava a toda a Ucrânia (…), mas ninguém está ainda em condições de garantir que a invasão não acabará por incluir toda a Ucrânia, uma vez que os planos russos não são ainda conhecidos.”

Questionado sobre se sentiu que poderia estar em perigo em Lviv, José Rodrigues dos Santos confessa: “Numa zona de guerra existe sempre perceção de perigo, e Lviv não era exceção, em particular no início (…)”.

O jornalista da RTP revela que nunca frequentou um curso de treino para cenário de guerra para jornalistas e que “ninguém vai obrigado“. “Nenhum repórter pode ser obrigado a cobrir uma guerra no teatro de operações contra a sua vontade“, remata.

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