As rescisões amigáveis vão prosseguir em 2014 na estação pública. De facto, Alberto da Ponte defendeu mesmo que os cortes orçamentais na RTP se irão focar «nos recursos humanos», pelo que é necessário «continuar a cortar em pessoal».
Em 2014 a administração da estação pública terá de implementar medidas que lhe permitam cortar 12% nos custos, apontando para um corte de custos que ronda os 30 milhões de euros. No decorrer do programa de rescisões amigáveis, já foram dispensadas «para cima de 200» colaboradores e fica em aberto qual é o objetivo da estação pública para alcançar aquela meta de 12% de redução de custos.
Porém, o administrador da RTP defendeu também à Notícias TV que estes cortes não passarão necessariamente por despedimentos, mas «há sempre a renegociação de regalias». Relativamente às críticas que costumam surgir em virtude dos elevados ordenados auferidos pelas principais estrelas do canal, Alberto da Ponte considera-as injustas, pois «essas figuras em concreto, e outros profissionais da RTP, tiveram um corte médio nos últimos anos de 30%». Ainda assim: «refuto completamente a ideia de que a RTP não deve pagar salários desse nível».
Os cortes não invalidam que o administrador da RTP considere as pessoas como o maior ativo da empresa. «Há aqui jovens de extraordinário talento que tem de ser aproveitado. […] Continuo a ver na RTP profissionais que trabalham 13 e 14 horas por dia e continua a haver na RTP profissionais que não trabalham puto», pelo que é necessário separar «o trigo do joio», concluiu.