Catarina Valadas expôs a situação nas redes sociais e apresentou queixa na polícia.
A artista Catarina Valadas chegou ao Porto na madrugada de 9 para 10 de julho, já depois das 4 horas da manhã. Dali, tentou deslocar-se a pé até casa, situada a cerca de “dez minutos“, quando foi abordada por “um homem embriagado“. Foi apalpada e levou um soco assim que tentou resistir. Por sorte, num caso que nem devia ter acontecido, o agressor arrependeu-se, pediu desculpa e foi embora.
A queixa nas autoridades já foi feita. Contudo, segundo revelou a própria Catarina Valadas na rede social Instagram, já foi alertada de que “será complicado acharem o borrachão“. “O resto, alerto eu: gás pimenta, aulas de defesa pessoal, o que seja. E tentar andar acompanhadas a horas mais tardias“, acrescentou ainda a jovem.
Leia aqui o relato completo:
«04:25 horas, chego ao Campo 24 de Agosto, no último autocarro vindo de Lisboa. Até minha casa, seriam uns dez minutos que passaram a uma eternidade, por muito mais rápida que tenha sido a situação.
Na praceta em frente ao CC Stop, um homem embriagado acha-se no direito de me apalpar toda e me tentar tirar a roupa. Resisto, dá-me um soco. Quando começo a pensar que sei o fim desta história, o inesperado: o indivíduo pede desculpa e segue caminho. Eu, desorientada, sigo o meu, numa corrida esbaforida até casa.
A queixa na polícia está feita, mas alertam-me que será complicado acharem o borrachão. O resto, alerto eu: gás pimenta, aulas de defesa pessoal, o que seja. E tentar andar acompanhadas a horas mais tardias. A impotência de não ter como sair de uma situação que podia ter tido consequências bem mais graves é fodida.
Eu sei. Não somos nós que somos culpadas por querer caminhar para onde bem nos apetecer. A sorte ainda vai sendo já não existir machismo em Portugal.» (Catarina Valadas)
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