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Carolina Deslandes recorda o sofrimento que sentiu após o nascimento do filho

Duarte Costa
4 min leitura
Instagram

Guilherme, filho mais novo da cantora, completa esta sexta-feira, 13, o primeiro aniversário. O dia é por isso de festa, mas Carolina Deslandes decidiu iniciá-lo com um desabafo sobre os problemas que se seguiram ao nascimento.

” ‘Olá, o meu nome é Dra. Ana, sou a pediatra de serviço no hospital, esta noite, e eu vou ter de levar o seu filho’. No meio de perguntar o que é que se passava e chorar ao mesmo tempo, enquanto me levavam o meu filho acabado de nascer, só conseguia gritar ao Diogo: ‘Vai com ele! Não o largues, Vai com ele!’. Depois disto, coseram-me e levaram-me para o recobro”, começou por revelar a intérprete.

Carolina Deslandes prosseguiu, através de um texto que publicou no Instagram, o retrato do difícil dia 13 de dezembro de 2018: “Eu repeti a mesma pergunta um milhão de vezes. ‘O que é que se passa com o meu filho? Porque é que não me trazem o meu filho?’ E toda a gente trocava olhares e respondia: ‘Precisou só de receber um bocadinho de calor, daqui a 20 minutos trazem-no’. Passaram seis horas”.

Com todo esse tempo, a cantora confessou ainda que “já chorava sem esforço”. “Perguntava ao Diogo se ele achava que o nosso filho achava que tinha sido abandonado por não estar perto da mãe, por não estar a ser amamentado, por não estar comigo. Seis horas depois, senti os dedos dos pés e levantei-me. Posso-vos dizer que, acabada de fazer uma cesariana, a terceira, eu sentia-me capaz de correr e ir ter com o meu filho. Porque sentia-o a chamar por mim. Fui até aos cuidados intensivos e lá estava ele”, recordou.

“Dentro de um aquário, cheio de tubos de todas as cores. ‘Porque é que me mentiram?’, dizia eu. ‘Disseram que ele só vinha receber calor’. Fiquei naquelas poltronas horas. Já me deixavam pegar nele ao colo e eu ficava lá o máximo tempo que era possível. Quando me mandavam descansar, eu esperava que toda a gente adormecesse e metia-me na cadeira de rodas e ia sozinha”, contou ainda Carolina.

Em resumo, “foram oito dias de cuidados intensivos”. Só depois desse tempo é que mostrou ao filho mais novo a casa pela primeira vez. Os meses que se seguiram foram cruéis para a artista de 28 anos. “Durante meses, muitos mais do que gosto de admitir, acordava em pânico porque sonhava com isso. A mesma voz, no meu ouvido: ‘Olá. O meu nome é Dra. Ana’ “.

“Acho que passado um ano estou melhor, mas de vez em quando os nossos olhos cruzam-se, numa brincadeira, e eu volto a vê-lo num aquário com fios de todas as cores. Meu Guilherme, nasceste com pressa de amar e ensinar coisas. Foste a maior certeza que tive na vida”, completou.

Texto completo nas duas publicações que se seguem: