Os serviços noticiosos das nossas televisões sempre foram uma espécie de calcanhar de Aquiles do nosso paÃs. Mas não é só connosco que tal acontece. Aliás, somos humanos e cometemos erros e, consequentemente, estamos sempre a aprender como nos modelar e melhorar em certa capacidade ou habilidade.
Ora, as notÃcias em geral são bastante importantes na medida em que nos permitem estar actualizados sobre o que acontece lá fora. Desde o aparecimento da televisão, a globalização tomou proporções gigantes e não é por acaso que quando mudamos para um canal de notÃcias estejamos a ouvir, por exemplo, que houve um ataque terrorista acolá ou que o presidente do Brasil fez isto ou aquilo. É este o poder da rede de informação. Nós, humanos, somos as aranhas que tecemos as várias teias.
A RTP1, a SIC e a TVI têm dois magazines informativos às 13h e às 20h, de uma hora de duração. Já a RTP2, às 22h, apresenta-nos o seu magazine de, aproximadamente, meia – hora.
A informação em Portugal está muito debilitada.
Por um lado, já este ano, a SIC aumentou a duração do seu Primeiro Jornal para hora e meia. Não entendi esta medida porque, em primeiro lugar, noticiários de uma hora tendem a cansar o espectador muito mais e, em segundo lugar, há mais espaço para a repetição de notÃcias.
Da informação da TVI nem falo porque a minha opinião é partilhada por, se calhar, metade deste paÃs.
Já da RTP que, a meu ver, é a melhor, por vezes não consegue distinguir a qualidade da popularidade. Por exemplo, aquando da conclusão do Processo Casa Pia, a Grande Entrevista e mesmo os magazines de informação colocaram Carlos Cruz, no ecrã, durante demasiado tempo como se ele fosse o único com algo para dizer. É claro que aqui faltou um pouco de organização.
Como cada televisão apresenta o seu canal próprio de notÃcias no Cabo, dá-me a entender que há uma espécie de desleixo face à informação que nos é mostrada nos generalistas pois têm aquela âncora quando se devia proceder ao contrário. Não seria mais eficiente exibir magazines informativos de 25 a 30 minutos durante o dia para que, quando o espectador mudasse de canal estivesse sempre a par do que se passa em volta do globo? Não querendo tornar o generalista num canal temático, a balança entre o entretenimento e a seriedade ficava mais equilibrada.
Isto sucede um pouco com a RTP pois exibe um magazine a partir das 7h, outro à s 13, outro à s 18h e outro à s 20h, sem contar com os programas de entrevistas. Gosto da forma como a RTP está estruturada mas é canal público. Já a SIC e a TVI preferem as audiências e o que uma faz, a outra tem de fazer. Que tal inovar um pouco? Estamos a saltar de década. Não devÃamos mudar alguma coisa? Em 2000 surgiu o Big Brother e mudou a televisão como hoje a conhecemos. E em 2010 que aparecerá?