Zé Amaro recorda: “Nunca na vida imaginei estar na cama do hospital”

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Zé Amaro foi o convidado de Manuel Luís Goucha esta quarta-feira, dia 10 de novembro. O cantor falou das suas origens humildes e recordou a doença que o deixou entre a vida e a morte.

Zé Amaro começou por recordar a sua infância na aldeia e o sonho que tinha em ser cantor desde muito novo.

“Sou de uma família humilde e numerosa. O sonho era muito distante. Éramos uns filhos atrás uns dos outros, o sonho era difícil. Os meus pais estavam inseridos no folclore na minha aldeia e eu era apaixonado por aquele som das cordas. Tive o sonho de comprar uma guitarra”, começou por contar.

“Os meus pais deram-me carinho e atenção. Eu nunca tive um brinquedo, quando tive era aqueles carrinhos de madeira. Nós não tínhamos hipóteses, éramos 10 filhos”, acrescentou.

 O cantor sempre compreendeu os pais, mas nunca desistiu do seu sonho. Durante as férias escolares, quando tinha 11 anos, foi trabalhar para a “concretização de um sonho” e comprou a tão aguardada viola. Subiu ao palco a primeira vez com 15 anos.

O convidado foi surpreendido com uma mensagem da progenitora e emocionou-se. “Sou um privilegiado por ter uma mãe assim”, disse, recordando de seguida que sofreu muito com a morte do pai.

Zé Amaro conheceu a mulher em criança, mas confessou que não foi uma relação fácil no início.  “Foi difícil, a diferença da família. Algumas pessoas confundem a humildade com pobreza. As famílias fazem diferença. A forma das vivências faz diferença. Nós namorámos 10 anos, estamos juntos há 30 anos”, salientou.

Hoje, tem duas filhas, uma com 19 anos e outra com 5. O cantor confessou que foi um pai ausente quando a filha  mais velha ainda era criança devido aos concertos, mas hoje não podiam ser mais amigos. O convidado foi surpreendido com uma mensagem da esposa e das filhas.

De seguida, recordou a doença que o deixou entre a vida e a morte em 2019. “Fez de mim uma pessoa diferente, mais atento, estive do lado de lá. Nunca na vida imaginei estar na cama do hospital”, desabafou.

No início não sabia bem o que era e, contra a vontade dos médicos, continuou a cantar. Porém, um dia teve que parar com a medicação. Acabou por fazer um transplante de fígado e esteve internado 3 meses no hospital Santo António, no Porto.

Zé Amaro foi surpreendido com uma mensagem do médico que lhe fez um transplante e, emocionado, desabafou: “São anjos que aparecem na nossa vida”. Hoje, garante, está “tudo bem”.
 
“Percebi que fazia falta a milhares de pessoas. As pessoas gostam de mim e isso é incrível… Sou uma pessoa muito grata. A vida é preciosa”, rematou.

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