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Viseu anuncia cancelamento da Feira de São Mateus! Impacto é de milhões de euros

Duarte Costa
6 min leitura
Reprodução

A Feira de São Mateus, em Viseu, deveria realizar-se entre os dias 6 de agosto e 13 de setembro e reunir vários nomes da música, como Ana Moura ou Delfins. Porém, devido à pandemia, teve de ser cancelada.

O anúncio oficial foi tornado público pela Câmara Municipal da cidade. “A Feira de São Mateus de 2020 não se realizará. É uma decisão muito difícil, mas inevitável, considerando a proibição decidida pelo governo de cancelamento de todos os festivais e eventos análogos até 30 de setembro”, explicou o autarca local António Almeida Henriques.

O presidente da Câmara disse ainda que compreende a decisão do governo, mas lamentou o facto de não ter sido ouvido pelo mesmo. “A Feira de São Mateus é o terceiro maior evento do país e o maior evento da região Centro de Portugal. Atrai, desde 2016, mais de um milhão de visitantes e gera um volume de negócios superior a 80 milhões de euros”, acrescentou.

Esta festividade não é a única, no entanto, a sofrer por causa do novo coronavírus. Outras celebrações como as Festas de Nossa Senhora D’Agonia, em Viana do Castelo, ou as Festas do Senhor de Matosinhos também não vão ser realizadas.

Leia aqui a informação disponibilizada pelos organizadores da Feira de São Mateus:

Viseu prepara Plano B, com imaginários do certame, numa mescla de eventos para a retoma económica, cultural e turística da cidade e região.

“A Feira de São Mateus de 2020 não se realizará. É uma decisão muito difícil, mas inevitável, considerando a proibição decidida pelo Governo de cancelamento de todos os festivais e eventos análogos até 30 de Setembro”, anunciou o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, António Almeida Henriques.

“Compreendemos as razões da decisão do Governo. Lamentamos apenas não termos sido ouvidos. A Feira de São Mateus é o terceiro maior evento do país e o maior evento da região Centro de Portugal. Atrai desde 2016 mais de um milhão de visitantes e gera um volume de negócios superior a 80 milhões de euros”, lembrou o Presidente da Câmara.

Neste contexto, a cidade está já a preparar um plano B de animação para o verão deste ano, que estimule a retoma da atividade económica, cultural e turística.

“Viseu não atira a toalha ao chão. Quer continuar a ser um pólo de qualidade de vida. A dinamização da restauração, hotelaria e pequeno comércio são decisivos para o ecossistema local e o emprego”, explicou Almeida Henriques. “O nosso centro histórico e os nossos parques são uma força neste contexto”.

O Presidente da Câmara avançou ainda que, muito brevemente, será apresentado o plano “VISEU INVESTE +”, com um pacote de medidas de reanimação económica local. Nesse plano estará o projeto de digitalização do comércio local e de eventos e negócios como a própria Feira de São Mateus.

As decisões resultam de uma auscultação ontem realizada aos principais parceiros e patrocinadores da Feira de São Mateus e da VISEU MARCA, onde marcaram presença marcas como o Banco SANTANDER, a ALTICE Portugal e a SUMOL+COMPAL.

“Há uma forte convergência de posições entre parceiros institucionais e patrocinadores. Contamos felizmente com uma rede de solidariedades muito consistente em torno de Viseu e da Feira de São Mateus. A confiança é um ativo muito poderoso no contexto presente”, assinalou Luís Abrantes, Presidente da Assembleia Geral.

“Fazer uma Feira de São Mateus amputada ou descaracterizada não seria opção”, afirmou por sua vez o gestor do certame e Vereador da Cultura, Jorge Sobrado. “Respeitamos a sua identidade e a reputação que alcançámos. Optámos por uma estratégia ‘Ferrero Rocher’: regressaremos na próxima época para voltar a surpreender. 2021 será a melhor edição de sempre”, sublinhou.

Para já, Município e VISEU MARCA preparam, com os principais parceiros patrocinadores da Feira, uma alternativa para o verão, onde caberá um cabaz de experiências e memórias da Feira de São Mateus. Será também uma oportunidade para a retoma de atividade de muitos dos 300 expositores do certame.

“Não vamos deixar para trás quem nos ajuda a fazer da Feira o que ela é”, sublinhou Jorge Sobrado. “Os nossos parceiros são para todas as horas”.

“Num evento com mais de 600 anos, o baú é inesgotável. A Feira não é um festival de plástico ou de pronto-a-vestir”, explicou Jorge Sobrado.

“Estamos a construir uma alternativa ‘safe & sexy’. Será uma programação sensata, com mais de 100 micro-eventos ao longo do Verão, polinucleados na cidade, onde não faltarão imaginários da Feira, mas também de outros festivais e eventos de Viseu cancelados por efeito da pandemia”, informou.

A Presidente da VISEU MARCA, Cristina Paula Gomes, realçou ainda que “este é um momento difícil, onde precisamos de comprovar a nossa resiliência. A VISEU MARCA é uma estrutura sólida e é um ativo indispensável ao marketing territorial de toda a região. Não deixará de reinventar o seu papel nesse contexto”.

Para este plano B, o Município de Viseu dará especial relevo à participação do ecossistema cultural, criativo e económico local e regional”.