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Tozé Martinho reclama convites para a televisão e diz que ficção nacional «caiu muito»

Diana Casanova
2 min leitura

Tozé Martinho é um dos incontornáveis autores da ficção nacional, mas encontra-se afastado das produções portuguesas há quatro anos. Depois de ter escrito Louco Amor (TVI), o autor sofreu um acidente vascular cerebral que lhe afetou a mobilidade, mas assegura que está «com força para continuar».

Em declarações à TV7Dias, Tozé Martinho refere: «O meu estado de saúde é bom. A perna esquerda é que perdeu um bocadinho de força. Coxeio um bocadinho por causa do AVC que tive há dois anos. Mas só tenho esta limitação física. Na cabeça está tudo normal. Sinto-me com força para continuar».

Este afastamento do pequeno ecrã é para o autor incompreensível. «Os motivos pelos quais não escrevi uma novela terá de perguntar às produtoras que fazem ficção. Não me parece haver motivo algum para não me chamarem. É preciso ver que três das quatro novelas mais vistas do nosso país foram escritas por mim [Dei-te Quase Tudo, Olhos de Água e A Outra]. Portanto, isto tudo é incompreensível, e quem perde é a ficção», refere. De facto, Tozé Martinho conta que «muitas pessoas têm perguntado porque é que eu não escrevo. E dizem-me que é urgente eu começar a escrever para as pessoas não perderem a ligação que tinham com a televisão e comigo».

Para terminar, o autor dá a sua opinião sobre a ficção nacional: «Tenho visto novelas, mas com olhos de ver não vejo muitas. Sinto que, no cômputo geral, a ficção está mais fraca. Caiu muito».

Redatora e cronista