Este mês regressamos novamente a mais um Fora da TV e a mais sugestões culturais que podem ser bastante interessantes…
Este mês a minha recomendação vai para o novo livro de José Rodrigues dos Santos «O Homem de Constantinopla» que acaba por dar-nos uma visão romanceada da vida de Calouste Gulbenkian mas que nos mostra a visão de ciência e cultura que este homem teve. Além de ir descrevendo a vida, quase como uma história biográfica daquele que foi um homem de sucesso, o autor retrata também a nível histórico o conflito que existiu naquela época entre os arménios e os turcos e o ódio que conservavam sobre os cristãos.
Pela primeira vez, José Rodrigues dos Santos divide um romance em dois livros, «O Homem de Constantinopla», já a venda nas livrarias e a 23 de Novembro segue-se a continuação deste «Um Milionário em Lisboa», que como o nome indica será já sobre os anos de 1942 a 1955 que Gulbenkian passou em Portugal. Foi aqui, aliás, que morreu.
Sinopse
O Império Otomano desmorona-se e a minoria arménia é perseguida. Apanhada na voragem dos acontecimentos, a família Sarkisian refugia-se em Constantinopla. Apesar da tragédia que o rodeia, o pequeno Kaloust deixa-se encantar pela grande capital imperial e é ao atravessar o Bósforo que pela primeira vez formula a pergunta que havia de o perseguir a vida inteira:
“O que é a beleza?”
Cruzou-se com a mesma interrogação no rosto níveo da tímida Nunuphar, nos traços coloridos e vigorosos das telas de Rembrandt e na arquitectura complexa do traiçoeiro mundo dos negócios, arrastando-o para uma busca que fez dele o maior coleccionador de arte do seu tempo.
Mas Kaloust foi mais longe do que isso.
Tornou-se o homem mais rico do planeta.
Inspirado em factos reais, O Homem de Constantinopla reproduz a extraordinária vida do misterioso arménio que mudou o mundo – e consagra definitivamente José Rodrigues dos Santos como autor maior das letras portuguesas e um dos grandes escritores contemporâneos.
Recomendo ainda na Cinemateca Portuguesa a retrospetiva Fritz Lang – O Tempo do Cinema que decorre entre outubro e dezembro de 2013, reeditando a iniciativa levada a cabo pela Cinemateca em 1981 e 1983, quando a obra de Lang foi apresentada em duas partes, correspondentes aos seus períodos alemão e americano. Arrancando com M, a retrospetiva segue depois a cronologia da obra. Para mais informações consulte o programa.