Após sucessivas tentativas falhadas de resolução do confronto entre a RTP, a TVI e a Comissão de Análise e Estudos de Mercado, a estação de Queluz de Baixo resolveu pôr um ponto final nesta situação. A saÃda da associação foi a solução mais viável que a empresa obteve, lançando mesmo várias crÃticas ao órgão.
A decisão de abandono da comissão surge logo depois da proposta do canal e da RTP em realizar uma nova auditoria ao painel da GfK ter sido chumbada por 85% dos integrantes, ainda durante o mandato de LuÃs Marques, diretor-geral da SIC, que entretanto já terminou.
Assim sendo, a estação junta-se ao canal público, lançando duras crÃticas à associação: acusa-a de «não estar em condições para ser um instrumento de autoregulação deste mercado» e que a partir da rejeição da proposta resultante da parceria – isto é, RTP e TVI, que representam «a maioria das audiências televisivas em Portugal» e por sua vez 44,5% do custo total da medidora, «actuou de uma forma contrária à prossecução do seu fim social, conforme delimitado pelos respetivos estatutos», demonstrando não ser representativa de todos os interesses do mercado.
Da mesma forma e com os mesmos argumentos, a RTP também anuncia a sua saÃda, realçando o facto de que os gastos resultantes da nova auditoria à medidora seriam apenas suportadas pelas duas empresas, nada  restando aos outros membros da comissão. Questiona assim a credibilidade do atual sistema e a notória existência de uma «falta de transparência» que se veio a confirmar com a negação da proposta.
Recorde-se por fim, que é a partir de amanhã que António Casanova, vice-presidente da APAN assume a presidência da CAEM, sendo certamente um dos temas a debater na assembleia-geral.